Conheça os 9 problemas financeiros mais comuns entre brasileiros

Veja quais são os problemas mais comuns e aprenda como criar estratégias para conseguir fugir de cada um deles.
  • Atualizado em February 19, 2020
  • Publicado em April 6, 2018
  • Planejamento Financeiro

Você tem problemas financeiros? Se a resposta for "sim", não se desespere, você não é o único. Esse mal atinge muitos brasileiros e se agravou nos últimos anos, principalmente em virtude da forte crise econômica e desemprego enfrentado pelo país.

O resultado desse tipo de situação é uma série de doenças, como dificuldade para dormir, dores de cabeça e no corpo, isolamento social, ansiedade e estresse.

Vale salientar que, embora sejam fatores significativos, esses não são os únicos problemas, até porque, muitas das pessoas que estão sofrendo financeiramente não foram diretamente afetadas pelas dificuldades citadas.

Para ajudar você, mostraremos neste artigo os 9 problemas que mais afligem financeiramente os brasileiros, as suas causas, consequências e dicas práticas para contornar a situação. Quer descobrir como sair do vermelho? Continue a leitura e confira!

1. Inadimplência

Segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, o percentual das famílias endividadas no país em dezembro de 2019 foi de 65,6%. Já as famílias com contas atrasadas totalizaram 24,5% e outros 10% afirmaram não ter condições de quitar as dívidas.

Certamente, o atual momento econômico contribui para esses números. Mas será que é apenas isso? Não podemos colocar a culpa exclusivamente nesse fato.

Infelizmente, não temos o hábito de poupar e criar uma reserva para períodos de emergência ou imprevistos, como doenças, quebra inesperada do veículo, acidentes, desemprego, entre outros.

Como consequência, o menor imprevisto nos obriga a buscar crédito, e a forma mais fácil de consegui-lo é com o cheque especial ou estourando o limite do cartão de crédito. Em virtude dos altos juros, as dívidas acabam virando uma bola de neve e deixando a família na inadimplência.

Criar uma reserva financeira nos períodos de bonança, portanto, é a melhor forma de evitar esse tipo de situação. Preferencialmente, esse fundo deve conter um valor equivalente a, pelo menos, três meses de despesas mensais da casa. Caso não seja possível, não tem problema. É importante compor uma reserva para emergência mesmo não podendo gastar muito por mês para esse fim. Ter pouco dinheiro guardado é melhor do que não ter nenhum.

Lembre-se de guardar sua reserva de emergência em um investimento que ofereça liquidez. Assim, você pode retirar parte do valor ou o total sem complicação sempre que precisar de um recurso extra para imprevistos sem perder parte da rentabilidade.

2. Uso inadequado do cartão de crédito

Quando é usado com sabedoria, o cartão de crédito é um aliado das finanças. Com essa forma de pagamento é possível fazer o parcelamento de algumas dívidas sem pagar juros ou ter até 40 dias para quitar compras comuns na rotina, além de oferecer pontos, milhas e outras vantagens.

A questão é que o cartão de crédito dá a ilusão de um poder de compra que não existe. Ou seja, quem não tem autocontrole pode facilmente se perder, principalmente se tiver cartões de várias bandeiras e exceder em parcelas longas.

Muitas pessoas também acabam utilizando o cartão para aproveitar “oportunidades imperdíveis”. Elas se deixam levar pelas promoções com a racionalização de que o preço está muito bom e que é uma oportunidade única.

A questão é que, na maioria dos casos, os itens adquiridos são desnecessários. Quem já não comprou algo por impulso que nunca usou? O cartão amplia ainda mais esse leque.

Se sofre com esse problema, você pode optar por uma das sugestões abaixo:

  1. cancele os cartões de crédito;
  2. reduza o limite desse meio de pagamento;
  3. utilize-os de forma consciente.

Se a sua opção for a terceira, lembre-se de criar regras, como a definição de limites de uso, não andar o tempo todo com o cartão e evitar parcelamentos longos.

Uma dica para quem tem dificuldades para controlar os gastos com o cartão de crédito no dia a dia é reservar essa forma de pagamento apenas para despesas especiais, como compra de passagens aéreas, reserva de hotéis ou compra de itens de maior valor. Dessa maneira, fica mais fácil evitar acumular diversos pequenos gastos corriqueiros no cartão que, somados, poderão desfalcar o orçamento no mês seguinte.

3. Investimentos mal planejados

Na ânsia de garantir o futuro ou aumentar a rentabilidade muitos buscam investir o seu capital. O grande problema é quando isso ocorre sem planejamento.

Um exemplo básico acontece ao abrir um novo negócio. Segundo dados do Sebrae, esse é um dos principais problemas das empresas fecharem tão cedo e do investimento de muitos irem por água abaixo. Além de perder dinheiro, diversos empreendedores ainda ficam cheios de dívidas e com dificuldade financeira por anos.

A dica aqui é planejar e investir bem, como em consórcios. Essa é uma alternativa que facilita o planejamento, gera uma economia considerável na aquisição do que foi investido e tem um excelente nível de segurança.

Apostar em um modelo de investimento que está menos sujeito a oscilações do mercado do que ações, por exemplo, é garantia de passar por tempos difíceis preservando seu patrimônio e evitando problemas financeiros futuros.

4. Consumir em excesso

Podemos comparar esse problema a uma prisão. Quanto mais você consumir além do que está na sua capacidade de pagar, maior será a sua sentença. O marketing está cada vez mais utilizando apelos emocionais, suscitando desejos e o estímulo pela gratificação instantânea.

Como você se sente quando vê um comercial de chocolate, de um hambúrguer e batata frita? Não dá vontade de comer? O mesmo acontece com um perfume ou roupa de luxo, o novo modelo de smartphone e muito mais.

Mas lembre-se: pensar apenas em curto prazo além de prejudicar o seu bolso, muitas vezes pode prejudicar a sua saúde. Ser financeiramente e fisicamente saudável exige um esforço de longo prazo, ou seja, é preciso resistir às tentações de curto de prazo, tendo em mente que a gratificação posterior trará muito mais resultados e satisfação.

O segredo para deixar para trás o hábito de consumir em excesso é ter muito claro quais são seus objetivos de vida e o caminho que precisa percorrer para atingi-los. Ao definir aquilo que é realmente importante para você e para sua família e o que precisa fazer (e economizar!) para alcançar o que deseja, fica menos sofrido abrir mão de gastos supérfluos, que não acrescentam nada em médio e longo prazo.

5. Abusar de dívidas parceladas

A modalidade de parcelamento é um grande atrativo utilizado pelos lojistas para aumentar as vendas. A primeira pergunta que boa parte das pessoas fazem antes de comprar é em quantas vezes o produto pode ser dividido.

Esse hábito, porém, é extremamente danoso. Veja abaixo os principais motivos dessa afirmação:

  • facilita o consumismo em excesso;
  • gera endividamento em longo prazo;
  • você paga mais caro;
  • dificulta a organização das finanças.

Para contornar esse problema, a chave é planejar com antecedência o que comprar e fazer reservas financeiras. Assim, além de evitar o parcelamento você terá poder de barganha e conseguirá bons descontos ao comprar à vista.

6. Receber muito menos do que gostaria

Esse é um problema que a maioria das pessoas enfrenta. São poucas as pessoas que estão contentes com o que ganham. Acontece que, apesar de quererem ganhar mais, muitas pessoas escolhem empregos que não lhe possibilitam crescimento financeiro ou simplesmente não agem para aproveitar oportunidades que surgem.

O resultado é que, muitas vezes, a pessoa fica desmotivada, gera menos resultado do que poderia e diminui ainda mais as suas chances. A melhor forma de ser reconhecido e aumentar os ganhos financeiros é parar de pensar no dinheiro e focar na sua entrega, na sua qualificação, nas suas habilidades e nos resultados que você gera.

Quanto mais habilidades e qualificação você tiver, mais resultado gerará e se tornará um profissional muito mais valorizado no mercado.

7. Não conseguir investir, mesmo com um bom salário

Será que você conhece alguém que ganha um bom salário, mas que vive cheio de dívidas? O grande problema é que essas pessoas geralmente também elevam o custo de vida à medida que aumentam o salário.

Quanto maior a sua necessidade de dinheiro para manter um padrão, mais distante da liberdade financeira você estará. A dica é determinar um percentual do seu salário exclusivamente para ser investido. Dessa forma, sempre que você aumentar o rendimento, terá uma melhora no padrão, mas de forma regrada e sem comprometer o seu presente e futuro.

8. Desemprego

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil terá 12 milhões de desempregados por cinco anos. Por mais que essa seja uma situação que foge do controle do indivíduo, a possibilidade de perder o emprego deve ser considerada na hora de planejar sua vida financeira. A melhor maneira de fazer isso é ter sempre um plano B e criar uma reserva caso uma situação dessas aconteça com alguém da família.

Muitas pessoas nem chegam a pensar no que fariam caso perdessem o emprego ou têm a ilusão de que com 100% de certeza conseguirão rapidamente uma nova colocação. Isso pode acontecer, mas quando o assunto é finanças, é sempre melhor adotar atitudes preventivas e se preparar para o pior cenário.

Com isso em mente, ao criar sua reserva para emergências, pense na possibilidade de ficar sem renda e não conte apenas com recursos como seguro-desemprego e FGTS que, além de não serem soluções em longo prazo, são exclusivos para profissionais que trabalham de carteira assinada, o que não é a realidade de muitos.

9. Hábitos em desacordo com a realidade

A situação econômica do país mudou e, muitas vezes, até a própria realidade financeira da família não é mais a mesma, mas não são poucas as pessoas que insistem em manter hábitos de consumo que tinham quando a renda era consideravelmente mais alta.

Esse tipo de comportamento pode ser fatal para as finanças. É essencial ajustar seus hábitos à realidade atual, tomar controle da situação e rever gastos pessoais.

Você tem algum dos problemas financeiros citados acima? Se a resposta for positiva, viu que não é preciso achar que tudo está perdido? Por mais difícil que seja a situação, você pode contorná-la. Siga as dicas apresentadas, planeje-se e deixe para trás o descontrole financeiro. Dessa forma, você conseguirá virar o jogo.

Quer começar a se preparar agora mesmo para driblar esses problemas financeiros tão comuns? Então, baixe a nossa planilha anual de orçamento pessoal e tenha uma organização mês a mês!
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As informações que constam nesse artigo podem sofrer atualizações sem aviso prévio.
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