Financiar a faculdade: quais opções o estudante tem além do FIES?

Você conhece outras formas de financiar a faculdade além do FIES? Leia o nosso post e veja como pagar sua graduação!
  • Atualizado em September 28, 2018
  • Publicado em September 28, 2018
  • Planejamento Financeiro

Um estudo identificou que o profissional com diploma de nível superior ganha, em média, 140% a mais, do que o trabalhador que interrompeu os estudos no ensino médio. A diferença salarial no Brasil é a maior entre países como, Colômbia, México, Estados Unidos, Suécia e outras nações desenvolvidas.

Se você deseja realizar um curso universitário e ainda não conseguiu por causa dos custos elevados, saiba que o mercado já apresenta diversas opções, além dos programas do Governo, que permitem financiar a faculdade e melhorar o seu currículo.

Pensando nisso, neste post vamos apresentar as opções disponíveis no mercado, além do FIES, para financiar a faculdade.

Como o financiamento funciona?

O financiamento é uma modalidade de empréstimo em que a instituição financeira repassa o valor necessário para o credor (nesse caso, a faculdade), enquanto oferece ao comprador (o estudante) um prazo maior para quitar a dívida — mediante o pagamento de juros, correção monetária e outras taxas.

Quais são as opções de financiamento estudantil disponíveis no mercado?

Atualmente, o estudante pode financiar a faculdade por meio de recursos oferecidos pelo Governo Federal ou mediante crédito estudantil privado. Abaixo explicamos melhor cada uma das opções.

Financiamento público

O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é um programa do Governo Federal que financia cursos superiores com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

O percentual de financiamento da mensalidade é definido de acordo com a renda familiar mensal do estudante e o custo educacional cobrado pela instituição de ensino. Para fazer o cálculo, o Ministério da Educação utiliza uma fórmula específica.

No entanto, por ser um programa do Governo, os interessados devem cumprir alguns requisitos para ter acesso ao financiamento:

  • ter participado do ENEM a partir da edição de 2010;
  • ter obtido no exame média aritmética igual ou superior a 450 pontos e nota superior a 0 na redação;
  • dispor de renda familiar mensal bruta, por pessoa, de até 3 salários mínimos;
  • não contar com mais de um financiamento simultaneamente.

O Governo vem aplicando uma série de mudanças e restrições no processo desde 2015, o que fez com que 2017 encerrasse com o menor número de contratos fechados nos últimos 6 anos — deixando, inclusive, cerca de 20% das vagas oferecidas em aberto, em função do não atingimento do número suficiente de candidatos qualificados para o preenchimento.

Tal realidade fez com que outros estudantes procurassem novas formas para financiar a faculdade, tendo em vista que o FIES deixou de contemplar diversos universitários brasileiros.

Financiamento privado

Se você não se encaixa nas exigências que o Governo implementou para o FIES desde o ano de 2015, mas também não tem condições financeiras para arcar com o pagamento das mensalidades de uma faculdade privada, tenha calma: você não precisa desistir do sonho de fazer um curso superior.

Pesquisas indicam que aumenta, cada vez mais, o número de jovens que se endividam para conseguir pagar as mensalidades de seus cursos, mesmo trabalhando enquanto estudam.

Como alternativa, hoje o mercado proporciona o financiamento privado, que apresenta as seguintes diferenças em relação ao FIES:

  • não exige participação no ENEM;
  • conta com um prazo menor para o pagamento da dívida;
  • apresenta juros que variam de acordo com a instituição financeira;
  • não tem limite máximo de renda;
  • o empréstimo é realizado para o pagamento de 6 a 12 meses de curso, e não a graduação inteira.

Abaixo falamos um pouco mais sobre as opções disponíveis.

Bancos

Os bancos passaram a oferecer mais do que uma conta universitária sem taxas. Atualmente, também é possível conseguir crédito educacional sendo correntista de alguma instituição financeira.

Normalmente, o financiamento é permitido entre um semestre a um ano de faculdade, e o valor pode ser pago no dobro desse tempo. As condições relativas a taxas e juros variam de banco para banco. Portanto, caso você tenha interesse, vale a pena buscar mais informações na instituição escolhida.

Empresas de crédito estudantil

Além dos bancos, você também pode contar com empresas especializadas em financiar cursos superiores, técnicos e até de pós-graduação — que, normalmente, apresentam convênios com instituições de ensino. As regras para contração e pagamento variam entre elas.

Embora seja uma opção boa para quem está com pressa ou com o curso já em andamento, é preciso ter cautela, uma vez que o estudante assumirá uma dívida com a instituição que financiar sua faculdade. Portanto, avalie bem os prós e contras da solução imediata.

Administradoras de consórcio

Você já deve ter ouvido falar sobre consórcio de imóveis ou carros. Essas são as modalidades mais populares. Porém, o que muitos não sabem é que também há a possibilidade de adquirir uma carta de crédito para custear serviços como festas, viagens e, inclusive, cursos de graduação.

Para tanto, o primeiro passo é escolher uma administradora de consórcios sólida no mercado. Após essa etapa, verifique quais são os planos disponíveis e opte por aquele que melhor se encaixar a sua realidade, levando em consideração o valor total que você precisa para pagar o seu curso, a duração do plano, a quantia mensal com a qual poderá arcar, entre outros aspectos.

Essa é uma opção que demanda um pouco mais de planejamento. No entanto, o interessado não arcará com o pagamento dos juros presentes no crédito universitário privado e não começará a vida profissional endividado. Vale ressaltar que nessa modalidade também há cobrança de algumas taxas, como a de administração. Portanto, antes de fechar um plano, leia o contrato com atenção e avalie suas condições de pagamento.

Se você for organizado, pode pensar em um consórcio já durante a época da escola, caso contrário, pode adiar um pouco essa realização. Só não deixe de se planejar e seguir em frente com a sua qualificação.

Lembre-se que o mercado de trabalho está cada vez mais concorrido, e cursar um ensino superior é o básico para conseguir alcançar melhores oportunidades na carreira. Logo, investir em uma carta de crédito que garanta o pagamento de sua faculdade sem que você precise arcar com os juros praticados no mercado é, acima de tudo, investir em você!

Se você gostou do nosso texto sobre como financiar a faculdade, conheça também os 5 melhores investimentos para universitários.

As informações que constam nesse artigo podem sofrer atualizações sem aviso prévio.
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