Saiba como usar brincadeiras de educação financeira com os filhos

Que tal brincar com seu filho e ensinar educação financeira ao mesmo tempo? Veja como fazer isso no artigo de hoje.
  • Atualizado em March 24, 2020
  • Publicado em August 1, 2018
  • Planejamento Financeiro

Na sua vida adulta, você já passou por algum momento em que se arrependeu de saber pouco sobre como lidar com o dinheiro? Esse é um pensamento comum, mas que precisa ser mudado para as crianças. Como? Por meio das brincadeiras de educação financeira.

É insuficiente apenas dizer que todas as coisas têm um preço e que é impossível comprar algo no supermercado em determinado momento. Os filhos precisam aprender a economizar junto com os pais e saber como esse conhecimento ajudará no futuro.

Essa tarefa fica muito mais simples com a ajuda das brincadeiras. Elas podem ser usadas como recursos didáticos valiosos para engajar os pequenos e mostrar a importância de poupar, além de criar a noção de valor.

Por isso, neste post vamos apresentar alguns exemplos que podem ser adotados e seus benefícios. Vamos lá?

4 brincadeiras de educação financeira para aplicar no seu dia a dia

As atividades lúdicas são um instrumento relevante para a educação das crianças. Por isso, também servem como estratégia para ensinar o valor do dinheiro. Veja, a seguir, 4 brincadeiras que podem ser colocadas em prática agora mesmo.

1. Jogo dos 4 porquinhos

A ideia principal é ensinar as crianças a lidarem com o dinheiro. Há 2 etapas e 3 rodadas. Confira os detalhes.

1ª etapa: conquista

O primeiro passo é montar um circuito com 4 atividades referentes a trabalho. É importante que essas tarefas sejam desligadas do desempenho comportamental, escolar ou de valores, porque essas funções devem ser obrigatórias e independentes de dinheiro.

Alguns exemplos de tarefas são levar o cachorro para passear, limpar o quarto e organizar os brinquedos. Tudo depende da idade do seu filho. Ele deve realizar a atividade para dedicar tempo e esforço. Como recompensa, receberá uma quantia fictícia predeterminada. A sugestão é:

  • tarefa 1: 4 moedas fictícias;
  • tarefa 2: 5 moedas fictícias;
  • tarefa 3: 3 moedas fictícias;
  • tarefa 4: 8 moedas fictícias.

2ª etapa: escolha do porquinho

Os animais são:

  • senhor Agora: toma conta das pequenas coisas, ou seja, refere-se ao curto prazo. Esse é o caso de um picolé, um lanche na escola e pequenas despesas diárias;
  • senhor Desejo: está relacionado aos objetivos de médio prazo, como um brinquedo que seu filho quer, mas precisará poupar para adquiri-lo;
  • senhor Futuro: é o previdente. Ele busca ensinar sobre as metas de longo prazo e os investimentos. Por exemplo: poupar para uma viagem ou para a aposentadoria;
  • senhor Bonzinho: gerencia as doações para as pessoas que têm poucos recursos financeiros.
Rodada 1

No circuito de tarefas, indique que as atividades devem ser feitas o mais rápido possível, mas com qualidade. Cada uma delas tem um valor específico e, ao receber a quantia fictícia, a criança deve decidir em qual porquinho apostar.

Você deve incentivar a criança a dividir o dinheiro conforme os objetivos de cada porquinho. Para o senhor Futuro, lembre-se de mostrar como seu filho poderá ter um rendimento depois de certo tempo. Assim, a ideia ficará mais tangível.

Rodada 2

A criança deve passar pela conquista sempre que terminar uma rodada. Ela também deve verificar o comportamento do porquinho para saber o que foi atingido. Para isso, siga as regras:

  • na rodada 2, o senhor Agora pega metade do dinheiro da primeira volta;
  • o senhor Desejo continua com o mesmo montante;
  • o senhor Futuro multiplica a quantia com um retorno de 7%;
  • o senhor Bonzinho deve ser realmente colocado em prática e ter uma foto para registrar que uma criança necessitada recebeu o brinquedo.
Rodada 3

A ideia é que, nesse ponto do jogo, a criança perceba que é válido investir o dinheiro no futuro e esperar a remuneração para conquistar algo melhor. De toda forma, é fundamental que cada porquinho tenha determinado valor, e 5% obrigatoriamente deve ser repassado para o senhor Bonzinho.

2. Goumi

Esse jogo online foi lançado na rede municipal de Uberlândia (MG) e pode ser usado para a educação financeira dos seus filhos.

Por ser multiplayer, a criança precisa criar um personagem e utilizá-lo por meio de atividades comuns, como: cuidar da higiene pessoal, das horas de alimentação e de sono etc. Caso contrário, o jogador perde a sua vida virtual.

Porém, o mais importante são as atividades relacionadas à indústria, comércio e agricultura. O objetivo é ensinar as crianças a usar os recursos racionalmente e criar um cenário diferente para o futuro financeiro.

3. Brincar de fazer compras

Os pais podem montar uma loja fictícia com alguns produtos para que os pequenos aprendam a negociar e comprar os produtos. Pode ser um supermercado, uma loja de brinquedos ou o que você quiser.

Para fazer as transações, use dinheiro de mentira. Essa brincadeira é indicada para crianças acima de 7 anos, para que aprendam a calcular e evitem as compras por impulso.

4. Banco imobiliário

O tradicional jogo é bastante indicado para se divertir e ensinar as crianças sobre educação financeira. Atualmente, há diferentes versões, inclusive uma com máquina de cartão de crédito. É uma alternativa interessante para incentivar a tomada de decisão rápida e mostrar que o consumismo infantil pode fazer o jogador ficar sem dinheiro.

Os benefícios das brincadeiras para a educação financeira

Os exemplos apresentados anteriormente demonstram que a aprendizagem lúdica é uma ótima maneira de ensinar as crianças a administrar seus ganhos corretamente. Por meio das brincadeiras é possível explicar a diferença entre o que é necessário, importante e supérfluo.

O Brasil tem o segundo maior individamento público entre os países emergentes, o que nos mostra que devemos preparar nossas crianças para saberem lidar com o dinheiro ao se tornarem adultas.

Além disso, o aprendizado passa pela compreensão de que economia é mais que dinheiro e também envolve a forma como se cuida das coisas e da casa. Com essa atitude, as crianças alcançam diversos benefícios. Veja a seguir quais são os principais.

Melhoria da qualidade do consumo

A criança aprende que nem tudo estará disponível quando ela quiser e que, muitas vezes, é preciso fazer escolhas. Ela compreende, por exemplo, que pode comprar o lanche na escola, mas, se fizer isso, demorará mais para adquirir o carrinho que tanto quer. Isso faz com que, quando adulta, a pessoa tenha mais consciência de suas ações e consiga ficar dentro do orçamento estipulado.

Valorização dos bens imateriais

A educação financeira também ensina a dar valor ao que é realmente importante. Pode parecer uma contradição, mas a criança compreender que o dinheiro é útil somente quando é necessário e que ele não pode resolver tudo.

Essa é a ideia da mesada educativa. Com isso, a criança aprecia os momentos com a família e os amigos.

Planejamento melhor do futuro

Os sonhos e objetivos fazem parte da nossa vida. A criança deve compreender que é importante tê-los e se planejar para conquistá-los. Ela também visualiza como suas atitudes presentes interferem no futuro e descobre que precisa de motivação para concretizar suas metas.

Em suma, as brincadeiras de educação financeira auxiliam a ter uma vida melhor e mais relevante, sem contar que o seu filho também passa a colaborar para o orçamento familiar.

Gostou de conhecer esses incentivos? Então conheça veja como você pode definir o valor da mesada dos seus filhos.
As informações que constam nesse artigo podem sofrer atualizações sem aviso prévio.
Mostrar comentários
Leia também
attach_money
Planejamento Financeiro

Descubra o que fazer quando se está endividado: dicas práticas!

attach_money
Planejamento Financeiro

Descubra como funciona a franquia e se vale a pena esse investimento!

attach_money
Planejamento Financeiro

Qual é o investimento mais seguro? Como saber meu perfil? Descubra