De acordo com dados do Serasa Experian, a inadimplência tem crescido entre a população da terceira idade, e um dos grandes vilões é o empréstimo consignado que vem descontado diretamente na folha de pagamento da aposentadoria.
Se esse for o seu caso ou se você quiser evitar o endividamento, saiba que nunca é tarde para aprender a usar bem os seus recursos para aproveitar a melhor idade.
Neste post, vamos mostrar a importância da educação financeira na terceira idade, além de dicas que vão ajudar você a planejar melhor o seu orçamento para viver com mais tranquilidade. Confira!
Qual é a importância da educação financeira para a terceira idade?
É bem verdade que quanto mais cedo você tiver conhecimento sobre educação financeira, melhor. Poupar um pouquinho do salário desde o início da vida profissional e apostar em uma carteira de investimentos diversificada, com consórcio, previdência complementar e outros produtos financeiros, é a melhor maneira de planejar a aposentadoria.
Porém, se os caminhos da vida não permitiram que você pensasse em educação ou planejamento financeiro durante a sua trajetória, não se sinta mal. Afinal, nunca é tarde para aprender e começar a fazer o seu dinheiro trabalhar para você.
Como fazer um planejamento financeiro na melhor idade?
Você trabalhou a sua vida inteira, criou seus filhos, construiu um patrimônio e finalmente chegou o momento de se aposentar, mas ainda tem receio de não conseguir manter o padrão atual?
Saiba que você não está sozinho e que esse medo atinge diversas pessoas que estão na melhor idade, mas que não construíram grandes reservas de segurança para quando a aposentadoria chegasse.
Sendo assim, há diversas práticas que você pode começar a fazer uso para conseguir, finalmente, descansar e aproveitar mais momentos livres para viajar, passear, ficar com a família ou simplesmente não fazer nada. Nós falamos melhor sobre eles nos tópicos abaixo.
Analise a sua situação financeira
Antes de começar qualquer planejamento, é necessário entender de qual ponto estamos partindo. Para isso, basta responder algumas perguntas.
- Tenho alguma reserva de emergência?
- Tenho dívidas, como financiamentos, parcelamentos ou empréstimos?
- Quais são as minhas despesas fixas?
- Qual será o meu rendimento?
- Há alguma fonte de renda complementar?
Respondido? Então, a partir desse diagnóstico você será capaz de iniciar o seu planejamento financeiro.
Avalie as suas dívidas
Caso você tenha respondido positivamente à pergunta sobre dívidas, é essencial avaliar as suas pendências. Qual é o valor total, quantas parcelas faltam e qual é a porcentagem que ela consome do seu rendimento?
Essa análise é fundamental, principalmente se você for sofrer uma queda na renda em relação à diferença do salário para a aposentadoria e não tiver uma reserva de emergência. Nesse caso, o recomendado é traçar um plano de ação para quitar as dívidas o mais rápido possível.
Entre em contato com os credores e tente negociar melhores condições, como diminuir a quantidade de parcelas ou até mesmo um desconto caso você consiga quitar à vista.
Elimine o supérfluo
Essa dica vale tanto para quem tem dívidas quanto para quem não tem. Um dos passos principais do planejamento financeiro é eliminar tudo o que for supérfluo. Lembre-se de que qualidade de vida não é a mesma coisa que comprar descontroladamente itens que você não precisa.
Qualidade de vida é poder colocar a cabeça no travesseiro e não ficar preocupado com as contas. Portanto, avalie o seu pacote de telefonia, internet, o custo do seu carro, aquele cafezinho todo dia depois do almoço... Todos esses gastos podem parecer pequenos separadamente, mas, quando somados, são capazes de atrapalhar qualquer orçamento.
Evite o parcelamento
As compras parceladas também são inimigas do planejamento financeiro e responsáveis pelo endividamento. O perigo, aqui, é que muitos avaliam apenas o valor da parcela e deixam de prestar atenção no impacto do custo total no orçamento.
Logo, se você não consegue evitar compras por impulso, deixe de lado os parcelamentos e passe a comprar apenas o que consegue pagar no dinheiro ou no débito.
Reavalie o cartão de crédito
O cartão de crédito, por si só, não é um vilão, muito pelo contrário. Se bem-utilizado, você consegue ter controle de onde está gastando o seu dinheiro, planejar-se financeiramente para o pagamento das suas contas e ainda acumular pontos, caso esteja em algum programa de fidelidade.
O problema mora na situação que citamos no tópico anterior: quando você não consegue controlar o impulso de comprar. Se você utiliza o cartão como um complemento da renda e não consegue saber o exato momento de deixar de utilizá-lo, então é melhor não ter um. Dessa maneira, você evita parcelamentos e a chance de se enrolar com faturas que não pode pagar.
Tenha cuidado com as propagandas
Os aposentados são um dos principais públicos-alvos das financeiras que ofertam acesso ao crédito fácil. As propagandas são bastante apelativas e comumente oferecem empréstimo para negativados ou com score baixo.
No entanto, o que não fica claro é que os juros cobrados nessas transações são altos, e o que era para ser uma solução acaba se tornando um grande problema. Logo, se você realmente estiver precisando de algum empréstimo, o ideal é buscar instituições sérias e avaliar com cautela não apenas o valor da parcela, mas também o custo efetivo total, que é o quanto você pagará no final do prazo.
Se o consultor fizer muita pressão, não permitindo que você faça uma pesquisa de mercado ou que busque uma segunda opinião, fuja! É bem provável que seja uma cilada para o seu orçamento.
Busque outras fontes de renda
Sim, nós sabemos que você trabalhou a vida inteira e quer descansar. Afinal, a aposentadoria é para isso, certo? Porém, é possível buscar outras fontes de renda para complementar o orçamento, sem necessariamente estar no mercado formal de trabalho.
Portanto, busque coisas que você é bom de fazer e ofereça os seus serviços. Gosta de cozinhar? Faça marmitas, bolos ou salgadinhos. É bom fazendo reparos de casa? Deixe que os seus amigos e conhecidos saibam que você está disponível para resolver aqueles pequenos perrengues residenciais, como trocar um chuveiro. Trabalhou a vida toda com contabilidade? Aproveite a época de declarações e ofereça os seus serviços para aquelas pessoas que não sabem declarar o Imposto de Renda sozinhas.
Dessa maneira, é possível garantir a flexibilidade de trabalhar por conta própria, conseguir uma renda extra e manter-se ativo.
Concretize os seus sonhos
Não é à toa que a terceira idade tem sido chamada de melhor idade. Após uma vida de trabalho, chegou o momento de descansar e viajar (sozinho, em grupo ou com os familiares).
Todo mundo pensa na aposentadoria dessa maneira e, por mais que às vezes pareça difícil, vale a pena se programar para concretizar os seus sonhos. Sabe aquelas coisas que você deixou para depois? Então, este é o momento.
Para isso, não esqueça de traçar as suas metas. Você quer viajar? Quanto custa? Quanto você terá que economizar mensalmente para poder se dar esse presente? Com um pouco de planejamento financeiro e organização é possível alcançar todos os seus objetivos.
Agora que você já sabe qual é a importância da educação financeira na terceira idade, chegou o momento de colocar os novos aprendizados em prática e curtir a nova fase.
E se você quiser saber mais sobre o assunto, leia o nosso post sobre como planejar a aposentadoria.