Aos poucos, o mundo dos investimentos vem sendo desbravado pelos brasileiros. Ao contrário do que costumavam pensar, as pessoas têm descoberto que é mais que possível entrar nessa área com pouco dinheiro e enfrentando baixos riscos. Mas o que muitos ainda se perguntam é: como fazer sobrar dinheiro no final do mês ou, em outras palavras, o que fazer antes de investir? Afinal, para se tornar um investidor, é preciso ter algum dinheiro sobrando — mesmo que seja um valor pequeno.
Se você ainda não está nesse nível, fique tranquilo. Neste post, vamos esclarecer tudo o que você precisa saber para alcançar essa meta. Confira agora mesmo algumas dicas valiosas para organizar suas finanças, aproveitando para conhecer as melhores opções de investimentos para iniciantes! Vamos lá?
O que fazer antes de investir?
Conhecer sua realidade
A primeira etapa rumo a uma vida de investidor é diagnosticar como está sua relação com o dinheiro. Na prática, isso significa saber exatamente quanto você ganha e quais são seus gastos mensais. Inclua aí tanto as despesas fixas quanto as variáveis, desde uma grande conta até o cafezinho depois do almoço.
Esse diagnóstico é importante para identificar por que não está sobrando dinheiro na sua conta no final do mês. Ao analisar seus últimos extratos bancários e os registros dos seus custos, é possível perceber para onde exatamente o salário está indo. Torna-se viável, assim, driblar os vilões da organização financeira, como:
- o uso descontrolado do cartão de crédito;
- as compras por impulso;
- a assinatura de serviços que você utiliza pouco;
- o pagamento de juros em empréstimos ou financiamentos;
- o desperdício.
Ao identificar algum desses problemas ou perceber outros gastos supérfluos que podem ser evitados, faça os cortes necessários. Lembre-se de que reduzir os custos é um passo indispensável para saber o que fazer antes de investir, já que o dinheiro necessário para isso está atualmente sendo gasto com itens desnecessários.
Definir objetivos
A segunda etapa para se tornar um investidor é estabelecer objetivos. Para que você deseja investir dinheiro? Pode acreditar: se a resposta for genérica, o caminho se torna bem mais difícil. Poupar dinheiro para fazer uma viagem bacana, por exemplo, é muito mais viável que economizar pelo simples fato de ter um valor maior na conta.
Quando você não tem objetivos, qualquer quantia economizada provavelmente será usada na primeira oportunidade que aparecer. Pois acontece justamente o contrário quando suas metas são claras! Se a imagem da viagem fica na sua cabeça, vai ser mais fácil controlar um impulso de compra ou dispensar uma saída cara com os amigos por saber direitinho para que está poupando.
Pensando nisso, tire um tempinho para definir e registrar seus objetivos para o dinheiro poupado. As metas podem ser de curto, médio e longo prazos.
Em um primeiro momento, anote todos os seus sonhos, sem filtrar nada. Pode entrar a compra de um carro novo, o pagamento de um curso, a realização de viagens, a aquisição da casa própria, os planos de aposentadoria e por aí vai. Depois de registrar tudo isso, faça uma lista de prioridades e coloque metas de tempo para cada objetivo. Assim, você vai ver o quanto precisa poupar para realizá-los na época proposta.
Mas atenção: não se esqueça de considerar suas possibilidades financeiras. Nada de estabelecer objetivos impossíveis, porque isso só vai gerar frustração, ok?
Montar um planejamento financeiro
Seguindo os passos anteriores, a essa altura você já fez um diagnóstico da sua realidade e definiu seus objetivos, certo? Pois agora chegou a hora de montar um orçamento. Para isso, é preciso considerar o período de concretização de cada sonho e o valor necessário para custeá-lo.
Se você define, por exemplo, que precisará investir R$100 todos os meses para fazer a viagem que tanto deseja, veja em que pontos pode economizar para fazer com que essa quantia sobre sem passar aperto. Manter o controle do planejamento financeiro é essencial para realizar seus projetos.
Uma boa dica para economizar para o futuro sem perder qualidade de vida no presente é colocar um teto de gastos para cada categoria. Uma vez que você decide que só pode gastar determinada quantia para o lazer no mês, por exemplo, fica bem mais fácil escolher entre os programas e manter seus custos dentro do orçamento.
Quais são as melhores opções de investimentos?
Agora que você já sabe o que fazer antes de investir, pronto para angariar o dinheiro para começar sua experiência como investidor novato? Vamos descobrir onde essa quantia pode ser colocada? Veja as melhores opções de investimentos para começar!
Renda fixa
Muitas opções interessantes estão no grupo da renda fixa, que reúne investimentos de baixo risco. Nesse caso, é possível saber mais ou menos quanto o dinheiro vai render desde o início, uma vez que esses investimentos apresentam uma taxa pré-fixada ou estão atrelados a índices econômicos que você pode acompanhar.
A poupança, por exemplo, rende 70% da taxa Selic — índice básico de juros do país. Quando você coloca dinheiro na caderneta, sabe que o rendimento a cada ano será esse. O Tesouro Selic, título público oferecido pelo governo federal, é outra opção atrelada a essa taxa. Ele rende um pouco mais que a poupança (100% do índice econômico), mas o custo também é maior, pois há cobrança de Imposto de Renda. A caderneta é isenta desse pagamento.
Aquisição de bens
Falamos no tópico anterior sobre investimentos financeiros, alternativas em que você deixa seu dinheiro rendendo juros. Mas outra escolha muito interessante é investir em bens duráveis, como carros, máquinas e imóveis. E o melhor é que existem várias oportunidades nesse meio.
Você pode adquirir esses bens para transformá-los em uma fonte de renda, usando a máquina comprada para abrir um negócio ou alugando o carro para que um profissional atue como motorista, por exemplo. Também é possível ganhar dinheiro comprando o produto por um valor e revendendo com lucro. Nesse sentido, o investimento em imóveis é bastante vantajoso por ser um mercado que apresenta alta valorização.
Nesse caso, entretanto, é preciso tomar um cuidado essencial para que o investimento não vire, na verdade, um gasto. Anote aí: a forma de adquirir esses bens não pode envolver o pagamento de juros altos demais. Caso contrário, você estaria perdendo o rendimento que poderia ganhar. A solução é comprar o bem com planejamento, por meio de um consórcio.
Renda variável
Por fim, vamos destacar a renda variável, uma das opções de investimentos com maior risco. Você provavelmente já ouviu falar na bolsa de valores, não é mesmo? Pois ela funciona na modalidade de renda variável. Nesse cenário, não é possível saber quanto o dinheiro vai render, nem mesmo é viável prever se haverá ganhos ou perdas.
Diferentemente das outras opções que apresentamos até aqui, esse é um investimento em que você corre o risco de perder seu dinheiro! Em geral, porém, para acompanhar esse risco, as possibilidades de ganhos são altas. Quem deseja entrar nesse ramo precisa tomar alguns cuidados especiais e ter muito conhecimento. Que tal consultar um profissional?
Neste post, você aprendeu o que fazer antes de investir e ainda conheceu as principais formas de investimentos oferecidas pelo mercado atual. Coloque em prática nossas dicas e organize suas finanças para aproveitar essas oportunidades!
E aí, gostou das informações que trouxemos? Então você certamente vai se interessar por nosso guia do investidor iniciante para evitar os erros mais comuns!