Reserva de emergência: por que é importante e por onde começar

Preocupado com a sua situação financeira? Aprenda agora como fazer a sua reserva de emergência!
  • Atualizado em October 14, 2021
  • Publicado em May 24, 2017
  • Planejamento Financeiro

Preocupado com a sua situação financeira? Aprenda agora como fazer a sua reserva de emergência!

Ao longo da vida, as pessoas dão prioridades para muitas situações importantes, porém elas deixam de lado algo extremamente necessário para a segurança financeira: a reserva de emergência.

Imprevistos acontecem, principalmente em meio a essa crise econômica que o país enfrenta, você fica exposto a vários riscos, como perder o seu emprego, diminuição das vendas da empresa, e, infelizmente, isso pode trazer muitos transtornos financeiros e emocionais. Essa reserva é fundamental para assegurar que você não vai precisar recorrer ao cheque especial e empréstimos consignados para conseguir se livrar das suas dívidas.

Se você tiver uma reserva de emergência, grande parte dos seus problemas serão resolvidos rapidamente e você estará tranquilo, pois terá tempo suficiente para se recuperar e pensar em uma nova estratégia para resolver essa situação difícil.

No entanto, é importante que você saiba que montar essa reserva não é tão difícil assim. Para ajudá-lo nessa tarefa, separamos os passos essenciais que você deve dar para cumprir essa missão. Quer saber mais? Continue lendo e confira!

Registre todos os gastos

A ideia de criar uma reserva de emergência exige, antes de qualquer coisa, um pequeno esforço para entender como está sua atual situação financeira.

Só assim dá para saber se você consegue mesmo criar uma reserva ou se, primeiro, é preciso pagar algumas despesas pendentes.

Portanto, caso você ainda não tenha o hábito de fazer um controle dos seus gastos, chegou o momento de registrar cada despesa, desde as menores até as maiores.

Pode parecer uma tarefa difícil no começo, mas com o tempo você adquire o hábito de registrar os gastos e, no final do mês, ter um relatório real da sua situação financeira.

Existem vários apps para organizar as finanças. Você também pode usar uma planilha digital ou, se preferir, um caderno para anotar tudo à mão.

Faça um planejamento

Saber cuidar das suas finanças é fundamental para ter uma boa qualidade de vida. É por isso que, neste momento, o planejamento se torna fundamental.

Em seu planejamento, você deve separar tudo aquilo que é essencial para a sua sobrevivência e o quanto você vai guardar para a sua reserva de emergência.

Uma ideia para iniciá-la é guardar o seu dinheiro do 13º salário, das férias, da venda de um bem, ou qualquer outra receita extra, e assim começar a montá-la aos poucos.

Sem o planejamento, você pode perder o controle das suas finanças e, consequentemente, pode ficar sem dinheiro para montar a sua reserva.

Esse dinheiro terá como objetivo manter o seu padrão de vida enquanto você estiver passando por dificuldades financeiras.

O planejamento é base de qualquer objetivo. Ele trará informações importantes para facilitar a sua tomada de decisão, sem comprometer as suas finanças.

Corte os gastos dispensáveis

Se você conhece bem suas despesas pessoais, vai perceber que alguns gastos não fariam tanta falta na sua rotina. Delivery, serviços de streaming, TV por assinatura e transporte particular, como o Uber, são alguns dos gastos que merecem atenção nesse momento. Veja se eles são realmente necessários e, em caso de negativo, corte do orçamento para ajudar a poupar dinheiro para a sua reserva.

Estabeleça metas reais para o seu dinheiro

Depois de fazer o planejamento e enxugar seu orçamento doméstico, é bem provável que você tenha uma noção real da sua situação financeira.

O próximo passo para você conseguir montar sua reserva de emergência é estabelecer metas.

As metas vão auxiliá-lo a se organizar e ter uma visão mais clara do seu objetivo final com o dinheiro. Por meio delas, você vai evitar gastar dinheiro com bobagens e conseguir identificar se você está conseguindo juntar dinheiro suficiente ou não.

Boas metas permitem que você foque melhor no seu propósito, evitando que se distraia com pontos desnecessários, os quais o impedem de atingir o seu alvo.

Acima de tudo, as suas metas precisam ser reais. Para que você se sinta motivado, elas precisam ser possíveis de serem alcançadas. Caso contrário, é possível que passe a se sentir frustrado por não conseguir alcançar seus objetivos da forma que queria e, assim, pode até deixá-lo de lado.

Uma excelente maneira de estabelecer metas é usando a metodologia SMART. Esse é um acrônimo que reúne os 5 principais fatores de uma boa meta. Veja abaixo.

Specific ou Específico

É preciso que você saiba exatamente com o que vai gastar seu dinheiro. Alguns exemplos: comprar um carro novo, investir na faculdade, fazer uma viagem ou comprar uma casa própria.

Measurable ou Mensurável

Você precisa acompanhar o desempenho das ações até que a meta seja atingida. Uma maneira de fazer isso é definindo um valor exato para realizar a meta. Fazendo isso, você pode saber se a cada mês está poupando o suficiente para alcançar a meta a longo prazo.

Attainable ou Atingível

Metas irreais podem causar uma enorme frustração e, em pouco tempo, você corre o risco de abandoná-las. Então, para criar uma meta, é preciso saber se ela é realmente possível para sua situação financeira atual.

Relevant ou Relevante

Quanto mais relevante for uma meta financeira, mais motivação você terá para alcançá-la. Se uma meta não gera um impacto significativo na sua vida, é bem provável que ela seja descartada com o passar do tempo.

Então, é importante pensar no antes e depois de alcançar a meta. Se a mudança valer o esforço, essa é uma meta relevante.

Time based ou Temporal

O último fator é traçar um prazo para a meta. Pode ser 1 semana ou 1 ano. O mais importante é que ela tenha um prazo exato de início e final. Assim, você vai evitar que ela seja eternamente adiada e, com o tempo, acabe se tornando irrelevante.

O segredo é manter os pés no chão e deixar de lado aquelas metas malucas e impossíveis de serem batidas. Traçar os destinos para o seu dinheiro ajuda a criar o hábito de poupar e, assim, montar a reserva de emergência.

Pague suas dívidas

As dívidas travam qualquer tipo de investimento e, no caso da criação de uma reserva de emergência, não é diferente.

Coloque na ponta do lápis todas as suas dívidas, analise quais delas podem ter suas parcelas adiantadas, para poder quitá-las rapidamente e eliminar o máximo possível de juros.

Em caso de dívidas atrasadas, procure o seu credor o mais rápido possível para negociar. Ele é a pessoa mais interessada em receber o seu crédito, portanto, ele estará disposto a fazer um bom acordo para a quitação.

O ideal é que as dívidas não ultrapassem 30% do seu orçamento pessoal, assim elas não podem interferir no seu controle financeiro.

Pague-as e evite ao máximo adquirir novas despesas. Use esse dinheiro para a reserva de emergência e compre somente o necessário para manter a sua qualidade de vida, sem exageros.

Aplique a reserva de emergência em um investimento com baixo risco

Deixar o dinheiro da reserva de emergência em uma conta corrente, não é uma boa ideia. Para que você conseguir atingir a sua meta rapidamente, é preciso que esse dinheiro tenha bons rendimentos.

O mercado financeiro oferece várias possibilidades de investimentos, as quais possuem alta liquidez e baixo risco. Alguns desses investimentos são protegidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) que garantem aplicações de até R$ 250.000,00, em caso de falência do banco, por exemplo.

Porém, o ideal é optar por um investimento que possa ser retirado quando você precisar dele. Enquanto isso não acontece, ele fica rendendo juros, beneficiando você. Por mais que a poupança esteja entre os investimentos que apresentam menor liquidez, ela também é uma opção a ser analisada.

Verifique com o seu banco ou com um profissional da área de investimentos qual é a melhor opção para fazer com que o seu dinheiro renda mais, sem correr muitos riscos.

Saiba qual é o tamanho ideal da sua reserva

A sua reserva de emergência vai servir para cobrir acidentes domésticos, problemas de saúde e, principalmente, problemas financeiros, como em casos de demissão, por exemplo.

O tamanho vai variar de acordo com a qualidade de vida de cada pessoa. O ideal é que a reserva cubra, pelo menos, 3 meses dos valores que você gasta para manter o seu padrão de vida. Assim, você pode elaborar uma estratégia com mais tranquilidade para sair do vermelho.

Por exemplo: para você conseguir arcar com todos os seus compromissos, você gasta em torno de R$ 2.500,00 por mês. Isso significa que a sua reserva de emergência deve ser de, no mínimo, R$ 7.500,00.

Verifique quanto você precisa (por mês) para sobreviver e, então, estabeleça quanto deverá ser a sua reserva de emergência.

Reservas como essa tem ajudado muita gente a se recuperar de sérios problemas financeiros. Não existe um tempo determinado para uma adversidade aparecer, quando acontece, você é pego de surpresa.

Uma economia bem feita proporciona segurança até mesmo para realizar novos investimentos, você só tem a ganhar. Mas lembre-se: como o nome já diz, essa reserva é somente para situações emergenciais e não para gastos supérfluos, certo?

Agora que você já aprendeu a montar a sua reserva de emergência, que tal fazer o download de nosso eBook para saber como aumentar o seu patrimônio pessoal? Não perca essa leitura!
As informações que constam nesse artigo podem sofrer atualizações sem aviso prévio.
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