Dividir apartamento com outras pessoas tem se tornando algo cada vez mais comum na atualidade. Seja com a finalidade de alugar um ou mais quartos para terceiros e conseguir uma renda extra, seja para reduzir os custos com a moradia ou ter uma companhia, o fato é que compartilhar a moradia é a realidade de muitas pessoas.
Porém, compartilhar um apartamento com outras pessoas pode não ser tão simples quanto parece. Essa é uma decisão que deve ser pensada e repensada várias vezes, já que existem diversas vantagens e desvantagens que vão impactar diretamente a sua rotina.
Foi pensando nisso que reunimos neste post alguns dos principais pontos positivos e negativos que essa escolha acarreta. Assim, podemos ajudar a formar uma opinião sobre o que é melhor para você. Acompanhe!
Vantagens de dividir um apartamento
Convívio social
Para muitos, essa é, sem dúvidas, a principal vantagem. Isso porque foram criados em lares com parentes, como irmãos, avós, tios e primos — sem mencionar os animais de estimação. Ou seja, sempre estiveram rodeados por diversas pessoas e se acostumaram a ter a "casa cheia".
Logo, morar sozinho cria um grande contraste no cotidiano — há quem estranhe a mudança e até se sinta solitário, por exemplo. É por essa razão que dividir um apartamento surge como uma possibilidade de resgatar um pouco desse convívio e sentimento de pertencimento.
Por isso, se você se identifica com esse perfil e é do tipo que não gosta de ficar sozinho, certamente vai adorar ter a companhia dos amigos para, inclusive, realizar as atividades comuns do dia a dia, como assistir TV, cozinhar ou fazer as refeições à mesa.
Sem mencionar que, uma vez morando todos juntos, é mais fácil combinar saídas, programas e viagens em grupo.
Divisão das despesas domiciliares
Outro ponto favorável em dividir um apartamento fica por conta das despesas. Afinal, quando se mora sozinho, você é o único a arcar com gastos, como água, luz, telefone, internet, taxa condominial, entre outros. Portanto, se o dinheiro ainda é curto, seu orçamento pode acabar mais comprometido do que o imaginado, e isso se tornar um problema futuro.
Em contrapartida, ao morar com os amigos, esses custos gerais são somados e divididos por todos. Logo, dá para administrar melhor a sua renda e os gastos mensais sem passar sufoco. Além disso, a compra de móveis e eletrodomésticos para áreas de convívio, como sala, varanda e cozinha também será compartilhada.
Renda extra para outras despesas
Uma terceira vantagem em dividir um apartamento e alugar os quartos que estão desocupados para os amigos fica por conta da renda extra, que pode ser feita a partir desse arrendamento. Com ela, você complementa seu orçamento mensal e consegue uma maior independência financeira.
Assim, é possível não apenas quitar suas despesas pessoais, como ainda utilizar o que sobrar para investir em um consórcio para comprar um carro zero, por exemplo.
Desvantagens de dividir um apartamento
Falta de privacidade
Se para alguns dividir um apartamento é vantajoso por conta do convívio social, para outros, pode se tornar um problema devido à falta de privacidade. Afinal, sala, cozinha e varanda serão áreas livres e sociais.
Isto é, caso você precise ficar sozinho para se concentrar e estudar, ler um livro ou realizar alguma atividade que requer tranquilidade e silêncio vai precisar se recolher ao seu quarto.
Além disso, há chances de você e seus amigos precisarem dividir um ou mais banheiros, o que provavelmente limitará o tempo de uso deles — em especial pela manhã, quando todos precisam se arrumar para sair para trabalhar e/ou estudar.
Outro ponto relevante é que seus companheiros de apartamento podem receber visitas que você não conhece ou até mesmo não goste. Portanto, será importante aprender a lidar com essas situações, caso seja sua opção não morar sozinho.
Coletivo acima do individual
Ao morar com outras pessoas, você terá que entender e, acima de tudo, praticar o coletivo acima do individual. Isso acontece porque, por mais que o apartamento seja seu, seus amigos pagarão aluguel e, com isso, vão passar a ter direitos e vontades sobre o espaço, algo que é totalmente racional.
Dessa maneira, as decisões que impactam a vida em conjunto precisam ser debatidas por todos e aceitas pela maioria, não apenas por uma pessoa. E isso valerá tanto para questões tidas como banais quanto importantes, como:
- decoração das áreas de convivência;
- compra de novos móveis, eletrodomésticos e eletrônicos;
- aquisição de novos serviços (telefonia, TV a cabo, internet);
- divisão da geladeira e dispensa;
- compra de produtos de limpeza para o lar;
- consumo de energia e água;
- instalação de aparelhos (chuveiro elétrico, ar-condicionado);
- reformas ou reparos no imóvel.
Necessidade de regras
Por último, será necessário estabelecer regras para uma convivência harmônica entre todos. Afinal, amigos não estão isentos de brigar ou discordar entre si, não é verdade? "Mas e se não criarmos regras, o que de mal pode acontecer?", você deve estar se perguntando. As respostas para isso são inúmeras, como:
- louças sujas acumularem na pia, porque ninguém as lava;
- áreas de convívio bagunçadas e sujas;
- lixo que não é retirado e começa a liberar odores desagradáveis;
- contas gerais (água, luz gás) atrasadas por falta de pagamento;
- barulho em horários que parte das pessoas está dormindo.
Como você viu, diversas situações desagradáveis podem acontecer se não houver um consenso sobre direitos e deveres dos moradores e cada um decide agir por conta própria, sem diálogo algum com o próximo. Por isso, é necessário que seja feita uma “assembleia” com todos e sejam sugeridas algumas normas, como:
- quem será responsável por fazer os pagamentos gerais;
- rotatividade semanal/quinzenal para faxina do lar;
- horário limite para emitir sons ou ruídos nas áreas de convivência;
- lei do "sujou, tem que lavar" para louças, talheres e panelas.
Como manter a boa convivência em um apartamento compartilhado
Um dos grandes desafios de se compartilhar uma moradia com outras pessoas é, sem dúvida, a questão da convivência. Na prática, pessoas diferentes têm hábitos diferentes, necessidades particulares e um jeito próprio de agir. Isso pode fazer com que atritos e desentendimentos aconteçam — o que é bastante natural.
No entanto, nada impede que algumas medidas sejam tomadas para tornar o ambiente mais harmônico e amigável. A seguir, reunimos algumas dicas que podem ajudar a manter a boa convivência entre aqueles que dividem o mesmo apartamento. Confira!
Esclareçam o que é gasto dividido e o que deve ser individual
Um dos pontos mais importantes para se evitar conflitos entre quem compartilha uma moradia é estabelecer uma divisão clara sobre o que são gastos comuns e o que são gastos individuais.
Na prática, existem despesas domésticas que não podem ser divididas de forma precisa, considerando, por exemplo, o que cada morador consumiu, como é o caso da energia, internet e água. Nesses casos, o mais justo é essas despesas sejam divididas de forma igualitária, sendo consideradas despesas comuns.
Por outro lado, existem despesas que podem ser individualizadas, como a alimentação de cada morador ou a contratação de serviços de uso individual, como uma assinatura de TV a cabo. Nesse caso, o mais adequado é que cada morador pague de forma individual.
Sejam claros quanto às regras sobre receber visitas
Com diferentes pessoas dividindo o apartamento, cada uma delas com o seu círculo de amizades, receber visitas pode se tornar algo frequente na rotina do local. Porém, quando não existem regras e limites claros quanto ao recebimento dessas visitas, alguns excessos podem ocorrer e gerar problemas de convivência.
Por essa razão, o mais indicado é já se estabelecer regras quanto ao recebimento de visitas, definindo pontos como os dias e horários permitidos. Além do mais, é muito importante que os moradores sempre comuniquem que receberão visitas, até para que todos possam se programar e não serem surpreendidos.
Tenham uma rotina periódica bem estruturada acerca das tarefas domésticas
Outra medida que pode ajudar bastante a manter a boa convivência no ambiente doméstico é divisão de tarefas. Afinal, quando se compartilha o apartamento com outras pessoas, seja com amigos, seja com familiares, nada mais justo do que a divisão igualitária das tarefas diárias — ou seja, todos precisam contribuir.
Nesse sentido, é preciso que se estabeleça regras quanto ao cumprimento das obrigações que envolvam a manutenção do ambiente. É fundamental que todos saibam o que devem fazer e quando devem fazer. Além disso, é preciso também considerar a rotina de cada morador, de forma que suas tarefas possam ser cumpridas em horários compatíveis.
Dividir um apartamento com os amigos ou com outras pessoas, como vimos, tem tanto os seus pontos positivos quanto os seus pontos negativos. Por isso, antes de tomar qualquer decisão, é muito importante que você avalie o que é mais vantajoso e o que está mais alinhado com as suas necessidades, o que inclui aspectos financeiros e pessoais.
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