O consumo desenfreado de materiais como plástico, isopor, carne e tecidos vem sendo cada dia mais contestado pelos profissionais que lidam com o meio ambiente. O planeta não tem mais aguentado a quantidade de lixo que é produzida diariamente. Isso faz com que conceitos como a bioeconomia ganhem terreno e se expandam para praticamente todos os âmbitos das nossas vidas.
Quer saber um pouco mais sobre o assunto e entender a importância dele nos dias de hoje? Continue a leitura deste post!
O que é bioeconomia?
O conceito de bioeconomia não é único e pode ser entendido de diversas maneiras. A Confederação Nacional da Indústria entende a bioeconomia como o resultado de uma revolução de inovações na área das ciências biológicas.
Ele envolve diversas tecnologias e pesquisas que podem ser aplicadas nos mais variados setores de maneira sustentável, incluindo áreas como a agrícola, a pecuária, a saúde humana, entre outras.
Marc Palahi, diretor do Instituto Florestal Europeu, diz que a bioeconomia é uma mudança de paradigma. Uma economia baseada na vida, uma vez que se propõe a estudar e desenvolver maneiras de projetar um consumo mais sustentável, baseado na economia circular e na utilização de matérias-primas renováveis e limpas.
Como a bioeconomia e o consumo sustentável estão interligados?
Como dito, a bioeconomia busca a integração entre a sustentabilidade e a produção, fazendo uso de um modelo industrial baseado em recursos biológicos a fim de substituir a utilização de recursos fósseis e não renováveis. Ela está ligada diretamente a vários Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), discutidos pela Organização das Nações Unidas.
Além disso, a bioeconomia incentiva a economia circular, que cria novas maneiras de produção a fim de reutilizar as nossas riquezas, diferentemente da economia linear, que tem como prática a "extração-produção-descarte", sem pensar em novas utilidades para as matérias-primas e explorando o meio ambiente até o esgotamento dos recursos.
É com esse novo pensamento que já podemos encontrar plásticos feitos de cascas de algas, milho, batata ou cana-de-açúcar, por exemplo. As grandes empresas de cosméticos que já prestam atenção no crescimento do consumo sustentável têm trocado, cada vez mais, os derivados de petróleo por matérias-primas encontradas na natureza, como óleo de coco, cupuaçu e buriti.
A economia circular acaba por criar um novo relacionamento com os bens materiais, desenvolvendo pensamentos duradouros a fim de ampliar a vida útil de cada produto, uma vez que o esgotamento de recursos e a poluição do meio ambiente é uma preocupação latente para quem se propõe a produzir dentro desse conceito.
Quais são as tendências da bioeconomia no Brasil?
Embora a bioeconomia pareça um termo novo, ela já é realidade no Brasil desde a década de 1970, quando foi criado o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), com o objetivo de enfrentar a crise mundial do petróleo. Por causa disso, atualmente o nosso país é o segundo maior produtor de etanol e o maior exportador mundial.
O Brasil tem uma vantagem competitiva em relação a outros países, uma vez que somos donos da maior biodiversidade de flora e fauna do planeta, com cerca de 100 mil espécies de animais e 45 mil vegetais conhecidos. O que não falta são recursos que, se bem explorados, serão capazes de ampliar ainda mais o alcance da bioeconomia nacional.
Atento a tal cenário, o governo tem investido em diversos projetos que visam estimular a economia sustentável.
A bioeconomia é uma importante maneira de produzir e pensar em atitudes sustentáveis para o nosso dia a dia, estimulando a utilização de energias limpas, matérias-primas renováveis e reciclagem.
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