Todas as famílias, por definição, têm um orçamento. Ele normalmente é composto pelo conjunto de todas receitas e despesas do lar: salários, benefícios sociais, pensões e outros ganhos dos membros da família — entre as receitas —, e aluguel, contas de telefone, internet, energia elétrica, combustível e outros — entre as despesas.
Em se tratando de gastos e investimentos, ambos podem ser confundidos conceitualmente dentro do orçamento familiar, tendo em vista que os dois se enquadram dentro do campo das despesas.
Saber diferenciá-los, portanto, é a chave para o progresso na vida financeira de qualquer pessoa e de qualquer família.
Então, continue nos acompanhando para conhecer a distinção correta entre gastos e investimentos dentro do orçamento familiar e assim conduzir ainda melhor suas finanças pessoais e, principalmente, as finanças do lar.
Gastos
Quando se fala em gastos, outra palavra que vem à mente é consumo. É natural que seja assim, pois ambos são indissociáveis, e dentro do orçamento familiar os dois conceitos estão juntos o tempo todo.
Gastos dizem respeito ao montante financeiro que, uma vez empregado, não gera nenhum tipo de retorno financeiro. Gastos geram outro tipo de retorno, mas não de ordem financeira.
Por isso sua associação ao consumo, o qual está ligado diretamente ao endividamento. Sendo assim, quando crescem os gastos, é porque cresceu o consumo, que, na maior parte das vezes, gera também o endividamento.
Não existe problema em gastar, consumir e se endividar. Pelo contrário, esses são comportamentos sadios sem os quais não viveríamos tão bem. O equilíbrio das contas é que deve ser priorizado para que as finanças não saiam do controle.
Quando uma família tem objetivos financeiros e necessita cortar gastos para atingi-los, os gastos considerados supérfluos são prontamente eliminados, como assinaturas de canais de televisão, idas frequentes ao cinema, excesso de refeições fora de casa, entre outros.
Enquanto alguns gastos podem ser cortados, outros podem simplesmente ser evitados, como multas de trânsito, reprovação em matérias de cursos particulares, pagamento de juros em financiamentos, entre outros.
Dependendo dos gastos que forem cortados do orçamento familiar, o padrão de vida de toda a família diminui. Infelizmente, há momentos em que de fato os cortes são necessários, sobretudo quando as receitas da família diminuem por algum motivo.
Por isso, é fundamental gerir de perto o orçamento familiar, pois, assim, é possível se preparar para uma eventual necessidade de conter as despesas, ou até mesmo de priorizar determinados gastos em detrimento de outros.
Investimentos
Diferentemente dos gastos, os investimentos no orçamento familiar objetivam algum tipo de retorno financeiro. Apesar desse retorno nem sempre representar cifras propriamente ditas, eles agregam muito à qualidade de vida no lar — por exemplo, quando uma família aspira comprar um imóvel visando sair do aluguel, ou quando ela tem interesse em adquirir um novo veículo capaz de atender melhor às necessidades de transporte de alguém ou de todos da casa.
Ainda que objetivos financeiros como esses exijam regularmente o uso de recursos para a sua realização, eles são considerados investimentos, na medida em que não são supérfluos e visam a melhoria das condições de vida da família.
Não são gastos e tampouco são efêmeros como os efeitos do consumo. Apesar de os investimentos gerarem compromissos financeiros, esses compromissos são mais nobres e rentáveis que um mero endividamento desnecessário.
Famílias que têm dificuldade em investir podem estar com problemas na gestão das finanças da casa. Em situações desse tipo, recursos a mais podem emergir da simples iniciativa da família em acompanhar mais de perto o orçamento do lar.
O destino nem sempre percebido de parte do dinheiro que compõe as receitas do orçamento familiar vem à tona quando todos decidem gerir as contas, rever as despesas e mapear oportunidades de investimentos seguros e rentáveis.
Além dos exemplos citados, também podem ser considerados investimentos cursar uma pós-graduação, fazer um intercâmbio no exterior para estudo de idioma, fazer uma previdência privada ou aderir a um plano de consórcio de bens móveis ou imóveis.
Consórcio: um excelente investimento
A modalidade de aquisição de bens por meio de consórcio se destaca atualmente no mercado, principalmente, pela ausência de juros na transação. No consórcio, há cobrança de uma taxa de administração, mas que é muito mais atrativa se comparada aos custos financeiros de outras modalidades de crédito.
Além disso, a possibilidade de contemplação logo no início do plano permite que a família desfrute em pouco tempo de um bem de grande valor, investindo bem menos que investiria se recorresse, por exemplo, a um financiamento.
Segundo dados atualizados do Banco Central, os juros para financiamento de veículo por pessoa física no Brasil giram em torno de 12,01% (Banco PSA Finance Brasil) e 70,08% (Dacasa Financeira) ao ano.
Segundo o mesmo relatório emitido pelo Banco Central, os principais bancos privados e públicos também praticam taxas elevadas de juros, as quais fazem com que a relevância dos investimentos em consórcios cresça ainda mais. Veja:
- Bradesco: 22,96% ao ano;
- Itaú Unibanco: 24,34% ao ano;
- Banco do Brasil: 24,47% ao ano;
- Santander 25,54% ao ano.
Fonte: Banco Central (Período: 04/07/2017 a 10/07/2017).
Ainda segundo o Banco Central, as taxas para financiamento imobiliário no Brasil giram em torno de 12,47% e 18,53% ao ano. Vale lembrar que os financiamentos de imóveis costumam durar anos, ou até décadas, fator que os sobrecarrega de juros.
O pagamento de juros, como descrito anteriormente, é um gasto que pode ser evitado. Famílias que se programam financeiramente com vistas a objetivos de médio e longo prazo devem riscar o pagamento de juros do orçamento familiar.
É nesse cenário que os investimentos em consórcio se tornam estratégicos, tanto que muitas famílias optam por ter mais que um plano contratado. Consórcios são meios facilitados de aquisição de bens e, sem dúvida, um excelente investimento.
Como é possível perceber, tanto os gastos como os investimentos são fundamentais para o equilíbrio das finanças da casa, e essenciais para que o orçamento familiar cumpra seu papel de sustentar todas as necessidades financeiras do lar.
Portanto, cabe às famílias otimizarem seus gastos e realizarem os melhores investimentos. Comportamentos como esses garantirão que bons frutos sejam colhidos no futuro sem grandes sacrifícios financeiros no presente.
Então, agora que você aprendeu como diferenciar gastos e investimentos no orçamento familiar, baixe o nosso e-book Planejamento financeiro do casal: 4 passos para conquistar a estabilidade, no qual explicamos passo a passo como planejar a vida financeira do casal.