Quando alguém resolve comprar um carro, já sabe que terá que prestar atenção a uma série de detalhes. Além de levar em conta o fabricante, é preciso verificar o modelo do veículo e se ele é novo ou usado. Some-se a isso o preço e as condições de pagamento, que devem caber no bolso. Falta, entretanto, um detalhe que costuma passar despercebido: os custos de um carro.
Nunca é demais lembrar que, além de pagar pelo veículo, você também terá de arcar com diversas despesas indispensáveis para mantê-lo em boas condições de uso. Tais cuidados são vitais para dirigir com segurança e dentro da legalidade.
Portanto, todos esses extras também devem entrar na conta. Por isso é que resolvemos, neste post, apresentar os principais custos de um carro. Acompanhe!
Emplacamento ou transferência
Se você optar por comprar um carro zero quilômetro, logo de cara precisará arcar com o emplacamento, os custos da documentação, bem como o pagamento do IPVA.
Esses custos variam de estado para estado, podendo chegar a 5% do valor total do veículo. Por outro lado, se estiver interessado em carros usados, precisará pagar as taxas de transferência, que também oscilam conforme a região.
Em Minas Gerais, por exemplo, o valor da transferência gira em torno de R$180,00, enquanto no estado de São Paulo ultrapassa R$200,00. Se quiser recorrer a um despachante para facilitar o andamento do processo, pagará uma taxa pela prestação do serviço.
Seguro
Além de regularizar a situação do veículo junto ao respectivo órgão de trânsito, uma das primeiras atitudes que você precisa tomar é contratar um seguro.
Se for novo, providencie a cobertura antes mesmo de tirar o carro da concessionária. Caso seja usado, contrate o seguro assim que receber a nova documentação, levando em consideração que, além de ser atrelado ao veículo, o seguro também é vinculado às características dos motoristas.
Por isso, a apólice só pode ser emitida após a transferência. Lembre-se de que acidentes são imprevisíveis, e rodar sem a cobertura do seguro significa assumir um risco desnecessário.
IPVA
Existem muitos impostos que influenciam o valor final de um carro. Não se esqueça, entretanto, que o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) não é pago somente quando você compra um carro novo, ok? Além do mais, a cada ano você terá que desembolsar certa quantia para cobrir o pagamento desse imposto, bem como das taxas de licenciamento.
Combustível
A escolha do modelo de carro é fundamental para quem se preocupa com o consumo de combustível no dia a dia. Ao mesmo tempo em que temos, no Brasil, veículos bastante econômicos, capazes de rodar mais de 15 quilômetros com um litro de gasolina, temos também os modelos que exigem paradas frequentes no posto.
Portanto, na hora de escolher seu carro, procure se informar sobre a média de consumo por quilômetro rodado — tanto na estrada quanto na cidade. De acordo com o uso que você pretende fazer do veículo, calcule o que esse consumo representará no seu orçamento mensal, pois a parcela pode comprometê-lo.
Para facilitar sua vida, avalie a possibilidade de adquirir um carro popular com melhor custo-benefício do que outros modelos. Igualmente recomendável é aprender como calcular seu consumo de combustível.
Manutenção
Para evitar dores de cabeça e riscos para a segurança, manter seu veículo em perfeito estado de conservação e condições de uso é uma ótima ideia. Para tanto, é preciso prestar atenção a vários aspectos e itens que devem ser revisados periodicamente para minimizar o desgaste do veículo.
Isso significa que, além do fator segurança, um carro que tem a manutenção sempre em dia sofre menos com o passar do tempo. Em boas condições, ele garante o conforto do motorista e dos passageiros.
Na hora da revenda, a qualidade das ofertas também estão diretamente ligadas ao estado do veículo. Portanto, manutenções regulares e preventivas valorizam o seu carro no momento de passá-lo para frente.
Por essas e outras coisas, a manutenção das peças corresponde aos custos de um carro, os quais merecem atenção redobrada. Trata-se de cuidados essenciais para otimizar a vida útil do seu veículo.
Mas quais seriam as partes que exigem manutenção constante? Fique por dentro dos detalhes a partir de agora!
Óleo
A indicação do período de troca de óleo do carro prescrita pelo fabricante está no manual do proprietário, que deve ser lido com cuidado logo após a compra. A periodicidade pode variar de acordo com a quilometragem (se o carro rodar muito) ou de acordo com a validade do óleo.
Sim! Você precisa prestar atenção ao prazo de validade dos óleos lubrificantes. Afinal, quando a data expira, a qualidade desse tipo de produto fica comprometida. Fazer as trocas no tempo certo é fundamental para garantir vida longa ao motor e evitar outras despesas causadas por danos de funcionamento correlacionados às más condições do óleo.
Filtros
Ao trocar o óleo, também é preciso substituir o filtro de óleo. Mas há outros filtros que também demandam cuidados. O de combustível deve ser trocado a cada 10 ou 15 mil quilômetros, em média — intervalo que pode ser menor, conforme a qualidade do combustível usado.
Já o filtro de ar também deve ser trocado com quilometragem aproximada à usada para renovação do filtro de gasolina, caso o veículo rode em condições normais. Carros que mantenham contato constante com vias repletas de poeira exigem filtros novos em intervalos menores.
Se o seu carro tiver ar-condicionado, adicione à conta também o custo da troca da peça de filtragem do equipamento. Nesse caso, por mais que não tenha um prazo predeterminado, convém fazer uma vistoria no sistema a cada 20 mil quilômetros rodados.
Pneus
Os pneus estão entre os maiores responsáveis pela segurança de um carro. Trocá-los sempre que necessário é um investimento na sua tranquilidade. Certifique-se de conferir o estado de todos eles regularmente.
Insistir em guiar seu carro com pneus fora das condições ideais aumenta o risco de acidentes de trânsito. Até mesmo um acidente de baixa gravidade é o suficiente para gerar transtornos e prejuízos financeiros. Logo, jamais trafegue com pneus carecas, que é um forte indicador do limite da validade definida pelo fabricante.
Por falar nisso, você pode constatar a data de validade dos pneus pelos 2 últimos números gravados ao lado da sigla DOT (de Department of Transportation, órgão norte-americano que criou esse controle), vista na lateral do pneu. Tais números indicam o ano de fabricação do pneu. Depois de meia década de uso, os compostos de borracha iniciam um processo de deterioração provocado por fatores climáticos, pela pressão e pelo próprio uso.
Dentro da validade, a troca precisa ser feita quando os sulcos do pneu atingem 1,6 milímetros de profundidade — atingindo a marca TWI, de Tread Wear Indicator, o indicador de desgaste.
Freios
Obviamente importantíssimos para proporcionar deslocamentos seguros, os freios também exigem atenção periódica. O grande objetivo da manutenção de freios consiste em observar a necessidade de se trocar as pastilhas e as lonas.
Funilaria e pintura
A estética de um carro não é tudo, mas diz muita coisa sobre ele. Ao manter a lataria em perfeito estado, ou seja, sem partes amassadas ou com vincos, você a protege da corrosão. Logo, a funilaria também é um custo automotivo a ser considerado.
Ao lado dela, aparece a pintura, responsável por conceder aquele toque final a qualquer serviço de funilaria de primeira linha. Além de deixar o carro com um aspecto visual atraente, a pintura também cria uma camada protetora para a lataria.
Caso ainda pense que um pequeno arranhão é inofensivo, saiba que, com o tempo ele pode se ampliar. Quando menos esperar, você pode ter de lidar com a temida corrosão, a qual desvaloriza muito o valor do seu carro. Dito isso, se um risco aparecer, não hesite em consultar um funileiro de sua confiança. Isso tende a poupar tempo e recursos.
Revisões
Correias, mangueiras ressecadas, embreagem, amortecedores e outros componentes do carro também precisam ser checados e renovados periodicamente, para garantir o perfeito funcionamento do veículo e a segurança dos passageiros.
Portanto, as revisões periódicas e as eventuais trocas de peças também devem ser acrescentadas aos custos de um carro.
Consertos
Uma pausa rápida na oficina para revisão pode evitar que você fique sem seu carro para uma manutenção corretiva. Em alguns casos, o tempo necessário para conclusão dos procedimentos leva dias ou semanas. Tudo depende da gravidade do problema, dos sistemas afetados e, é claro, da fila de automóveis para manutenção.
Logo, mesmo que você seja uma pessoa muito ocupada, é bom arrumar espaço na agenda para submeter seu carro às revisões. Também não adianta tentar acelerar o processo, optando por uma revisão compacta.
Por maior que seja seu cuidado no uso do carro e sua atenção com a manutenção, a possibilidade de ter que providenciar algum reparo sempre existe. Às vezes, trata-se de um pequeno defeito mecânico que, se consertado a tempo, evita prejuízos causados a outras peças.
Em outras circunstâncias, os gastos com consertos são necessários para reparar os danos causados por algum acidente de trânsito. Vale lembrar que, nessas situações, mesmo que você tenha seguro, talvez a franquia oferecida seja insuficiente para cobrir totalmente o orçamento da oficina. Em outras palavras, você teria que completar a diferença com dinheiro do próprio bolso. Conclusão: faça a revisão de carros mais detalhada possível.
Limpeza
Manter o carro sempre limpo (tanto interna quanto externamente) representa um custo razoável. Com a intenção de economizar, muita gente tem o hábito de efetuar o serviço por conta própria. Essa alternativa elimina o custo da mão de obra profissional, mas a compra produtos de limpeza específicos permanece.
A qualidade e especificidade dos produtos adequados interferem consideravelmente na durabilidade dos resultados. Isso significa que o carro se conservará limpo por muito mais tempo. Na prática, além do prazer de rodar em um carro limpinho, você também eleva o valor de revenda do seu patrimônio. Afinal, o estado de conservação do seu carro é essencial para mantê-lo valorizado no mercado.
Garagem e estacionamento
Quanto maior a cidade, maior tende a ser a frota de automóveis. O problema começa quando o espaço urbano central das cidades não acompanha esse volume de veículos. Entre outras consequências, uma delas é a dificuldade para estacionar.
No centro, a solução é razoavelmente simples: recorrer às vagas de garagens e estacionamentos particulares. Não podemos nos esquecer dos pagamentos de outros estacionamentos, como os de shoppings-centers.
A soma dos valores faz com que, em média, o motorista brasileiro gaste cerca de R$246,00 por mês para estacionar seu carro. A depender da frequência de uso do veículo, esse gasto pode se tornar tão frequente quanto o reabastecimento de combustível.
Em resumo, estes são os principais custos de um carro. Agora, você está muito mais preparado para realizar um planejamento financeiro apropriado. Por sinal, existe uma maneira inteligente de economizar na compra do seu primeiro carro.
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