Seja para adquirir o primeiro veículo ou para trocar o atual, quando pensamos nesse processo, a dúvida é sempre a mesma: como comprar um carro?
E essa é uma pergunta muito pertinente, já que estamos falando de um bem de valor mais elevado, cuja aquisição requer um bom planejamento.
Você está passando por aquela fase da vida em que deseja concretizar alguns objetivos materiais, construir patrimônio e realizar grandes sonhos? Pois saiba, desde já, que o alcance dessas metas pode se tornar muito mais fácil e rápido se souber como agir.
Para ajudar, resolvemos preparar este post listando algumas das alternativas mais interessantes para a compra de um carro novo ou usado, se preferir. Continue a leitura para entender qual delas é mais vantajosa para seu perfil!
Qual a melhor forma de comprar um carro?
Existem diversas formas de como comprar um carro disponível no mercado que podem facilitar a aquisição do seu veículo, como: financiamento, leasing, à vista e por consórcio. Como é de se imaginar, cada modalidade tem suas características e é destinada a um certo perfil de comprador.
Existem, portanto, boas opções para todos os gostos, necessidades e bolsos.
Há, por exemplo, alternativas para quem tem pressa e deseja sair com o carro logo no ato da compra. Por outro lado, existe uma solução para quem deseja fazer uma compra planejada, com um melhor custo-benefício, tendo acesso ao veículo em tempo futuro.
A seguir, veja, em detalhes, algumas das principais modalidades de aquisição de automóveis acessíveis no mercado atual. Confira!
1. Financiamento
O financiamento é uma das modalidades de aquisição de veículos mais procuradas e utilizadas no mercado atualmente. São muitas as instituições que oferecem esse tipo de serviço, como é o caso de bancos tradicionais, fintechs e financeiras das próprias montadoras de automóveis.
A principal diferença está no custo. Muitas vezes, as taxas de juros das montadoras são subsidiadas pelas próprias marcas, o que tende a torná-las mais atrativas frente às taxas dos grandes bancos convencionais.
É preciso atentar para o fato de que, além da taxa de juros em si, as operações de financiamento de qualquer modalidade incluem outros encargos, como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a Taxa de Abertura e Renovação de Cadastro (TAC).
O ideal é consultar a instituição financeira antes de fechar o financiamento e não assinar enquanto ainda tiver dúvidas.
Antes de bater o martelo, pergunte sobre o Custo Efetivo Total do empréstimo solicitado e utilize uma calculadora financeira para conhecer a real taxa de juros que recairá sobre o valor que pretende pegar emprestado.
Vale ressaltar que é possível consultar a taxa de juros de uma modalidade de crédito nas principais instituições bancárias acessando o site do Banco Central. Lembre-se ainda que são acrescentadas a esses custos as taxas bancárias para compor o CET, como taxa de abertura de cadastro, IOF e taxa sobre emissão de boletos.
2. Leasing
O leasing é uma espécie de financiamento que pode ser comparado ao aluguel de um veículo. Nesse caso, o carro permanece no nome do agente concessor enquanto o pagamento das mensalidades durar. A transferência só acontece depois da quitação dessas parcelas.
Segundo a legislação, essa modalidade de negócio é considerada um arrendamento mercantil que traz a opção de devolução do bem ao final do contrato. Traduzindo: ao optar por um leasing, passado o período de locação negociado, você decide se quer devolver o bem ou adquiri-lo permanentemente.
Os juros dessa alternativa não são competitivos se comparados aos do financiamento. Aqui também há informações atualizadas do Banco Central, disponíveis para consulta pelo público em geral. A grande vantagem em relação ao financiamento tradicional é a isenção do IOF.
Alguns contratos de leasing são pós-fixados, o que significa que as taxas oscilam de acordo com a variação cambial — chamadas taxas flutuantes. O detalhe é que, diante da instabilidade da moeda, essa opção se torna de grande risco, podendo trazer perdas ao consumidor.
Por fim, é válido ressaltar que o leasing exige o pagamento de uma entrada — nesse caso, equivalente a uma parte do valor correspondente à compra do bem.
3. À vista
Não tem mistério: a compra à vista é cogitada quando o consumidor tem o valor total do bem disponível. Uma vantagem de comprar um carro dessa forma é a possibilidade de negociar o preço.
E, se você precisa do veículo com certa urgência, a compra à vista permite sair da loja com o carro (já quitado, o que é um ponto muito interessante).
4. CDC
O Crédito Direto ao Consumidor (CDC) é uma modalidade de empréstimo pessoal desvinculada da garantia do bem. Nesse formato, você solicita o empréstimo de determinado valor ao banco e, normalmente, seu próprio aval é a garantia de pagamento.
Há ainda modalidades de empréstimo pessoal vinculadas ao recebimento do salário ou da aposentadoria junto ao banco, o que pode reduzir as taxas de juros.
Mas, atenção: dissemos reduzir e não eliminar! As taxas ainda são bem altas, principalmente quando comparadas aos juros do financiamento ou leasing. Em média, eles estão acima dos juros de outras modalidades de crédito já mencionadas.
Agora, pare e pense: se essa taxa já pesa bastante sobre os contratos curtos, de cerca de 1 ano, os contratos de 36 a 48 meses, como costumam ser os de financiamento de veículos, tornam-se simplesmente impraticáveis!
Além da alta taxa de juros, o CDC exige o pagamento da TAC e do IOF. Conta ainda com taxas bancárias normais, já que essa modalidade de empréstimo só é concedida a clientes correntistas e com cadastro positivo, pois não possui garantias reais.
5. Consórcio
O consórcio é considerado por muitos a forma mais vantajosa de comprar um carro, uma vez que não há cobrança de juros, e sim a taxa de administração, que tem um valor bem mais acessível se comparado a outras formas de aquisição parcelada.
O interessado em participar de um consórcio deve procurar uma administradora devidamente autorizada a funcionar pelo Banco Central.
Tal administradora forma grupos de interessados em comprar um automóvel. Ao se juntar a um desses grupos, você se torna um consorciado.
Mensalmente, um ou mais participantes são contemplados e têm acesso à carta de crédito com a qual podem adquirir o veículo de sua preferência. Aliás, aqueles que desejam acelerar o recebimento da carta de crédito podem ofertar lances.
O lance pode ser pago tanto com recursos próprios do consorciado ou utilizando parte do valor da carta de crédito — modalidade chamada de lance embutido. Normalmente, existe um percentual limite para ofertar como lance embutido, mas isso pode variar conforme o que estiver estabelecido no contrato do consórcio.
Com a carta de crédito em mãos, o consorciado pode comprar o veículo que desejar! É importante ressaltar que o dinheiro não passa pela conta do consorciado, ok? A carta equivale ao valor, mas o dinheiro vai direto da administradora para quem está vendendo o bem.
Se o veículo escolhido tiver um valor menor que o da carta, a diferença pode ser usada para cobrir outros gastos, como o de documentações. Já se o veículo for mais caro que o valor da carta, o consorciado pode cobrir a diferença com recursos próprios.
Como funciona o lance embutido?
Que tal um exemplo prático de como funciona um lance embutido? Vamos supor que você entrou em um consórcio em que o valor da carta de crédito mais taxas é de R$ 45 mil.
Utilizando parte do valor da carta, escolheu dar um lance de R$ 13.500 e foi contemplado. Nesse caso, você receberá uma carta de R$ 31.500, pois serão descontados R$ 13.500 dos originais R$ 45 mil contratados.
Por fim, é importante lembrar que, mesmo depois de contemplado e até com o carro já em mãos, o consorciado precisa continuar pagando as parcelas do consórcio normalmente, até o fim do contrato.
Afinal de contas, os demais participantes do grupo dependem desse aporte para receberem suas cartas dali para frente.
Comprar carro por consórcio vale a pena?
Para quem pode esperar um tempo para pegar o veículo, e está mais interessado em fazer uma compra planejada, o consórcio é uma excelente alternativa. Nessa modalidade de compra, é possível chegar a um custo-benefício mais atrativo, sem impactar seu controle financeiro.
Outra vantagem do consórcio é que não há necessidade de investir nenhum valor para a entrada, além de não ter cobrança de juros como acontece em outras modalidades de compra a prazo. Em geral, apenas é cobrada uma taxa de administração que é diluída entre todas as mensalidades do consórcio.
Para escolher o consórcio ideal, o primeiro passo consiste em checar se a administradora tem autorização do Banco Central para funcionar.
Em paralelo, é fundamental ler atentamente o contrato. É nele que estão descritas as informações mais importantes para você, como o tempo de duração do consórcio, as regras para o reajuste das parcelas, a periodicidade dos sorteios e as possibilidades de cancelamento.
O contrato também informa os custos para o consorciado. A propósito, conheça-os a seguir!
Taxa de administração
Em termos práticos, a taxa de administração é o valor cobrado pela empresa organizadora do consórcio para gerenciar seu funcionamento.
A administradora fica responsável por controlar os pagamentos, reunir as quantias pagas, cobrar os consorciados e garantir que o contrato seja fielmente cumprido. Para isso, cobra-se um valor de cada membro.
A taxa de administração é diluída no prazo total do consórcio. Assim, uma taxa de 12% corresponde a 0,25% ao mês para um consórcio de 48 meses, por exemplo, valor muito inferior às taxas de juros mais baixas praticadas no financiamento.
Fundo de reserva
Nem sempre incluído, o fundo de reserva funciona como uma espécie de garantia para os consorciados. Na prática, trata-se de um valor mantido para que o grupo continue em funcionamento mesmo quando há inadimplência dos consorciados, por exemplo.
Assim, os participantes do consórcio têm mais segurança quanto ao recebimento do seu crédito, ainda que surjam problemas financeiros e administrativos pelo meio do caminho.
Seguro
Como nem todos os consórcios têm seguro, confira no contrato se esse extra está ou não incluído. Tal como o fundo de reserva, ele é usado para proteger os consorciados de situações imprevisíveis, de força maior ou caso fortuito.
Lembre-se de que, ao aderir a um consórcio, você assume um compromisso de longo prazo. Sendo assim, faça bem as contas para ter certeza de que as parcelas cabem no seu orçamento, ok?
Comprar um carro à vista vale a pena?
Por mais que a compra do carro à vista faça sentido em algumas situações e para algumas pessoas, é preciso pensar mais a fundo. Você pode fazer esse investimento agora, sem prejudicar sua reserva financeira? Esse valor investido pode ser mais vantajoso?
Geralmente, o pensamento nesse caso é: se tenho o dinheiro, é melhor comprar à vista para não fazer uma dívida. Na realidade, especialmente se você pode investir o dinheiro que tem, o custo de oportunidade deve ser levado em consideração.
Veja bem: se existe uma opção de investimento com rentabilidade maior que a taxa de juros de um financiamento ou a taxa da administradora de um consórcio, certamente é melhor deixar seu dinheiro se valorizando e rendendo frutos, enquanto mensalmente arca com o pagamento das parcelas.
Isso sem falar que, muitas vezes, o dinheiro usado para uma compra à vista é a única reserva financeira de que as pessoas dispõem.
Comprando um carro à vista, com o que você vai poder contar em um momento de emergência? É preciso ter precaução, pois imprevistos acontecem para todo mundo, a todo momento.
Leia também: Conheça os impactos de pagar à vista ou parcelado e reflita sobre suas compras
Comprar carro por assinatura? Como funciona?
A modalidade de carro por assinatura está chamando atenção de algumas pessoas, sendo que muitas até acreditam que o modelo seja mais benéfico do que comprar um carro próprio. Será?
O carro por assinatura funciona com o aluguel de um veículo por determinado tempo.
Durante o período do contrato, você paga mensalmente para utilizar um carro de sua preferência, e pode trocar por outro modelo ao final do contrato, caso queira renová-lo.
Nessa modalidade, preocupações com manutenção, revisão, tributos etc. são de responsabilidade da empresa que alugou o veículo.
No entanto, será que essa é mesmo a melhor opção?
Você deve lembrar que, por mais que esteja pagando mensalmente pelo veículo, ao final do contrato, ele não será seu.
Nesse caso, não é possível dizer que esse investimento irá te render um bem, já que o carro é devolvido após o tempo de uso.
Por mais que um carro gere custos extras, como seguro e manutenção, e que ele passe por uma degradação com o passar dos anos, ainda é um bem próprio. Isto é, você pode transformá-lo em um ativo ao vendê-lo (mesmo que por um valor menor).
Adicionalmente, o valor pago na mensalidade da assinatura poderia ser convertido em parcelas de um consórcio, por exemplo, que permitiria a aquisição de um carro de verdade.
Analise os prós e contras do modelo e veja se essa é a forma de como “comprar” um carro mais interessante para sua realidade.
Como comprar um carro zero ou usado?
Um ponto importante sobre como comprar um carro é o planejamento. Além de escolher uma modalidade de aquisição, você deve se atentar a outros aspectos para que a compra do bem e a realização do seu sonho não sofram imprevistos. Para isso, você deve avaliar seu orçamento e os possíveis gastos que terá, visando escolher o carro certo para suas necessidades.
Acompanhe agora algumas dicas valiosas que garantirão uma compra segura e livre de dores de cabeça!
Faça um planejamento financeiro
Por acaso, você já ouviu uma frase muito conhecida que diz que nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde quer ir? Pois essa metáfora ilustra bem a importância que um bom planejamento tem para o alcance de grandes objetivos.
Se você deseja adquirir um carro novo, é preciso estar certo sobre alguns pontos. Saiba que essa compra exigirá sacrifícios, terá seus custos e trará algumas mudanças no orçamento. Assim sendo, é imprescindível que você se planeje para conquistar esse objetivo.
Avalie suas finanças, conheça os gastos fixos e variáveis e reveja os hábitos de consumo. Tudo para ter certeza da disponibilidade mensal do seu orçamento para arcar com a compra do carro novo.
Colocar as contas no papel é o primeiro passo de um planejamento financeiro de verdade. Esse é o caminho para evitar descontroles, decisões equivocadas e sacrifícios excessivos. Pense bem!
Avalie o estado do veículo
Essa é uma dica que faz mais sentido para quem pretende adquirir um veículo usado.
Nesse caso, é muito importante avaliar bem as condições do carro para não acabar fazendo um mau negócio e se arrependendo depois. O mais indicado é buscar auxílio profissional.
Você pode pedir a opinião de um mecânico da sua confiança sobre o estado do veículo, considerando itens como motor, transmissão e parte elétrica, principalmente.
Além disso, outro cuidado indispensável é checar a documentação do carro. É necessário avaliar se não existem restrições financeiras, como penhoras, alienações e outras situações que impeçam a transferência. Do mesmo modo, é vital checar se não existem multas não pagas, tributos atrasados (como IPVA) e outras pendências.
Escolha um modelo que satisfaça suas necessidades
É natural que a maioria das pessoas sonhe em comprar um carro de luxo, com diversas tecnologias e um motor potente. Na realidade, isso nem sempre é possível, sobretudo em razão dos custos.
Assim, ao decidir comprar um carro novo, trate de manter os pés no chão. Faça seu planejamento financeiro, tenha ciência das possibilidades e, dentro disso, escolha um carro que atenda às suas demandas.
Pense no seguinte: de nada adianta comprar um carro extremamente caro e, depois, sofrer para arcar com seus custos.
Da mesma forma, não faz sentido comprar um veículo com um motor extremamente potente se pretende usá-lo apenas na cidade, para ir ao trabalho e passear aos finais de semana.
A compra de um carro deve ser feita de forma consciente, priorizando suas reais necessidades.
Conciliar vontades e possibilidades: essa é a melhor maneira de fechar uma compra adequada ao seu perfil, à medida que não gerará nenhum inconveniente no futuro, como desorganização financeira, despesas desnecessárias, atrasos nos pagamentos, juros e até a necessidade de se desfazer do bem.
Considere os custos pós-compra
Outro cuidado que pode evitar muita dor de cabeça é considerar os custos que um carro gera após a compra. Muitas vezes, a vontade de realizar esse sonho faz com que esqueçamos de colocar no papel as despesas extras que ter um carro na garagem podem gerar.
Some a suas despesas mensais e anuais os gastos com itens, como:
- combustível: quanto mais você roda com o carro, mais gasta com abastecimento;
- seguro: o valor do seguro pode se tornar um grande vilão do orçamento, pois tende a variar bastante em relação à localidade, à faixa etária do condutor principal do veículo e ao próprio custo do bem;
- tributos: lembre-se de que todos os anos é preciso arcar com o pagamento de IPVA e licenciamento;
- manutenções: especialmente ao comprar um carro usado, as manutenções costumam impactar negativamente as finanças, seja com a troca de óleo e filtros ou com a substituição de componentes desgastados e avariados.
Por fim, como foi possível perceber, comprar um carro novo é um objetivo que requer certo planejamento para ser concretizado com segurança.
Pensando em todas as formas de se adquirir um veículo, a comparação também traz muita luz sobre o comprometimento e o custo efetivo do negócio.
Você precisa considerar com cuidado todos os gastos e, mesmo se pensa em adquirir seu carro em um tempo menor, é possível que valha mais a pena esperar e investir em um consórcio do que se comprometer com uma dívida exorbitante.
Não se esqueça de que os juros são a contramão de um bom negócio, sobretudo porque o carro é um bem que sofre grande e rápida depreciação. Enquanto você paga suas parcelas, o carro vai perdendo valor e gerando gastos extras, como de manutenção e abastecimento.
Logo, considere todas as possibilidades a fim de escolher a mais econômica para não prejudicar seu orçamento.
E aí, conseguimos ajudá-lo a decidir qual a melhor forma de comprar um carro? Aproveite e baixe nosso guia completo de aquisição de veículos via consórcio!