Fuja da inadimplência no consórcio! Dicas para não atrasar as parcelas

Confira dicas para evitar problemas com consórcio atrasado, como negociar e o que fazer para regularizar sua situação.
  • Atualizado em May 20, 2021
  • Publicado em August 23, 2018
  • Consórcio

Atrasar as parcelas do seu consórcio pode trazer vários prejuízos, tanto para você quanto para o grupo. Além disso, se você ainda não estiver contemplado, deixa de participar da assembleia, postergando o seu acesso à carta de crédito e, consequentemente, à aquisição do seu bem.

Por isso, é importante se planejar antes da contratação para evitar a inadimplência no consórcio. Depois de contratado, ele deve ser encarado como um compromisso que precisa ser honrado mensalmente. E, caso alguma situação inesperada prejudique seu orçamento, há formas de se reorganizar! Confira mais a respeito no post de hoje.

Quais são as consequências das parcelas de consórcio atrasadas?

Quando as parcelas de algum consorciado ficam atrasadas, a administradora pode recorrer às ações previstas em contrato para resguardar o poder de compra dos demais consorciados do grupo. Assim, evita-se colocar em risco o investimento de todos por causa de um participante que está tendo dificuldades para realizar os pagamentos.

A legislação diz que cada administradora tem a prerrogativa de reger, por meio do regulamento de consórcios, sobre a inadimplência dos consorciados contemplados e não contemplados, bem como as suas consequências.

Veja o que pode ocorrer em cada situação.

Consorciado não contemplado

Dentre as práticas de mercado, as administradoras costumam estabelecer que o consorciado não contemplado inadimplente não concorrerá na assembleia de contemplação e estará sujeito ao pagamento de multas e juros. Além disso, a inadimplência poderá levar ao cancelamento da cota.

Consorciado contemplado que não tenha adquirido o bem

Caso o consorciado contemplado não tenha adquirido o bem, a inadimplência poderá causar o cancelamento da contemplação e até mesmo da cota, além de ser um fato que poderá impedir a liberação do crédito para a aquisição do bem.

Consorciado contemplado que já adquiriu o bem

Para o consorciado contemplado que já adquiriu o bem, a adimplência é fundamental para evitar o pagamento de encargos de mora e eventuais despesas referentes à cobrança dos valores em atraso, bem como a retomada do bem ofertado como garantia.

É importante registrar que, por meio da leitura do regulamento de consórcio, o consorciado tomará conhecimento sobre os encargos e as consequências geradas em decorrência da inadimplência. Ele também ficará ciente da quantidade de parcelas que poderá causar o cancelamento da contemplação, o cancelamento da cota, entre outras informações importantes.

Estar adimplente é fundamental para o bom funcionamento do consórcio e, geralmente, as administradoras contam com opções de negociação para auxiliar os consorciados em momentos difíceis.

Como não ficar inadimplente com o consórcio?

Antes da contratação, como dissemos, é fundamental ter um orçamento doméstico bem claro. Assim, você saberá o máximo que pode assumir de parcela mensal sem comprometer o bem-estar e a qualidade de vida da sua família. Algumas dicas importantes são:

1. Faça um planejamento financeiro eficiente

Tenha um planejamento financeiro que contemple o pagamento prioritário de suas dívidas e compromissos atuais, além de uma reserva de segurança para eventuais dificuldades. Assim, você se resguarda da possibilidade de contratar um consórcio e colocar em xeque seu equilíbrio financeiro.

Para que esse orçamento funcione, lembre-se de controlar o consumo desenfreado, evitando compras desnecessárias. Além disso, projete gastos para cada necessidade pessoal — como alimentação, saúde, lazer, entre outros.

2. Procure aplicativos de finanças para ajudar a manter o orçamento

Vale a pena buscar bons aplicativos de controle financeiro que ajudem você a manter seus planos em dia. Assim, você evita cair em tentação e gastar por impulso, prejudicando seu planejamento e correndo o risco de atrasar os pagamentos do consórcio.

3. Livre-se de dívidas anteriores

E, ainda, lembre-se de quitar possíveis dívidas com cartão de crédito ou cheque especial. Esse tipo de crédito tem juros altos e, se não for pago em dia, pode atrapalhar seu orçamento e causar bastante dor de cabeça.

4. Adiante parcelas sempre que possível

Adiantar as parcelas do consórcio é uma opção pouco conhecida, mas que é plenamente possível. Esse processo funciona de uma forma simples e consiste, basicamente, em fazer os pagamentos antes da data de vencimento originalmente prevista.

Para fazer isso, é preciso consultar as cláusulas do contrato e informar a administradora do consórcio. Vale reforçar que a antecipação das parcelas não garante a contemplação imediata. Na hora de antecipar os pagamentos, o consorciado pode optar por fazer isso:

  • de forma direta, pagando as parcelas com vencimento mais próximo primeiro;
  • de forma inversa, pagando as parcelas com vencimento mais distante primeiro;
  • de forma diluída, oferecendo um lance, que tem seu valor diluído nas parcelas que ainda estão por vencer;
  • com a quitação total, pagando de uma vez todas as parcelas que faltam.

Essa alternativa é interessante para quem recebe uma quantia extra e não tem nenhuma outra obrigação imediata ou para quem quer ter mais tranquilidade no seu planejamento financeiro, diminuindo as pendências financeiras em aberto e liberando espaço no orçamento.

5. Utilize o seu FGTS no consórcio imobiliário

Dentro de algumas condições, é possível utilizar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) no pagamento de um consórcio. O FGTS é um benefício trabalhista que garante aos trabalhadores formais uma espécie de poupança em seu nome, feita a partir de depósitos periódicos dos empregadores.

As regras para a utilização do FGTS nos consórcios são definidas pela Caixa Econômica Federal, que é gestora do fundo. A principal condição imposta é que o dinheiro disponível pode ser utilizado apenas em consórcios de imóveis residenciais.

Cumprido esse requisito, o dinheiro disponível no saldo do FGTS pode ser utilizado para ofertar um lance, complementar o valor da carta de crédito ou quitar parcelas em aberto para amortizar o saldo devedor, seja em parte ou no todo.

6. Mantenha uma reserva financeira

A reserva financeira de emergência é um elemento essencial em qualquer planejamento financeiro. Ela permite fugir de apertos causados por imprevistos (como o desemprego ou doenças) sem comprometer toda a organização do orçamento. No caso das parcelas em atraso, essa quantia pode ser útil para contornar a situação e evitar maiores problemas.

Para elaborar sua reserva financeira, separe parte da sua renda e deposite o dinheiro de preferência em alguma aplicação financeira que traga algum rendimento e seja facilmente resgatável. O ideal é que, com o tempo, o montante acumulado seja suficiente para suprir alguns meses do seu padrão de vida atual.

7. Avalie o orçamento com cuidado antes de assumir novos compromissos

Outro cuidado essencial para manter as contas em ordem envolve os compromissos assumidos, principalmente no longo prazo. Mesmo valores pequenos, se somados, podem gerar um peso grande no seu orçamento, comprometendo seu bolso e sua capacidade de pagar as parcelas do consórcio em dia.

Logo, a recomendação é que cada novo compromisso seja assumido após uma avaliação cuidadosa de como ele comprometerá seu orçamento, tanto agora quanto no futuro. Tal preocupação garante a tranquilidade e previne a inadimplência no consórcio.

8. Procure opções junto à administradora

Caso as dicas anteriores tenham chegado tarde e você perceba que já está em uma situação complicada, deve entrar em contato com a administradora. Ela pode oferecer saídas para evitar o atraso, como:

  • reduzir o valor da carta de crédito, diminuindo o valor das parcelas. Opção para clientes que não tenham sido contemplados;
  • postergar o valor das parcelas vencidas para o momento da contemplação da cota;
  • negociar a diluição do valor atrasado nas parcelas seguintes.

Cada administradora dispõe de diferentes possibilidades de negociação, seja para clientes contemplados ou não contemplados. Por isso, não deixe de entrar em contato para resolver sua situação.

9. Avalie a possibilidade de vender sua cota

Outra solução é vender a cota para outra pessoa e sair do consórcio, evitando desgastes pessoais e negativação do seu nome.

A venda da cota é um processo legal, mas precisa ser feito com responsabilidade para evitar que você passe por situações de risco. Em todo caso, não faça negócios informais, já que é seu nome que vai estar em jogo. Por isso, deixe tudo registrado. Vale lembrar que esse procedimento precisa da anuência da administradora do consórcio.

É possível reativar a cota cancelada?

Caso você não tenha conseguido honrar os pagamentos e sua cota tenha sido cancelada, saiba que é possível pagar as parcelas atrasadas com valores reajustados e reativar o seu consórcio. As parcelas são atualizadas de acordo com o valor do bem referencial na data da reativação da cota.

É importante entrar em contato com a administradora e verificar se há disponibilidade de cotas no seu grupo. O ideal, porém, é se organizar financeiramente antes de assumir novamente esse compromisso, para não correr o risco de ficar inadimplente.

Tomando esses cuidados, você evita a inadimplência no consórcio e mantém todos os seus planos. O consórcio é uma das formas mais eficientes para conquistar sonhos e acumular patrimônio pessoal de forma planejada e econômica. Portanto, leve-o sempre muito a sério! A disciplina e a organização financeira são fundamentais.

Que tal ver mais algumas dicas sobre finanças? Então confira nosso artigo com as estratégias para pagar contas em dia e não sofrer com juros

As informações que constam nesse artigo podem sofrer atualizações sem aviso prévio.
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