Investir na bolsa: 9 passos para fazer de maneira correta

Quer começar a investir na bolsa com o pé direito? Então, confira nossas dicas para se dar bem no mercado financeiro!
  • Atualizado em October 20, 2021
  • Publicado em October 14, 2019
  • Planejamento Financeiro

Se você deseja investir na bolsa de valores, é preciso saber o seu significado e aplicação. Ela nada mais é que um recurso de negociação no qual investidores compram e vendem títulos de empresas. Essa operação é intermediada por meio de corretoras.

Para você ter uma ideia mais clara, imagine um varejão, no qual produtores expõem os seus produtos para as pessoas comprarem. A bolsa funciona de modo similar: se você oferta uma ação e outro investidor demonstra interesse em adquiri-la, esse será o momento de negociação entre vocês.

Hoje, graças à tecnologia, isso ocorre de forma eletrônica. Portanto, aquele espaço confuso, com pessoas gritando em todo canto com um telefone no ouvido visto em diversos filmes e jornais é coisa do passado.

No Brasil, a única Bolsa de Valores é conhecida como B3 (Brasil Bolsa e Balcão). O seu principal objetivo é oferecer um ambiente transparente e seguro para que os acionistas sejam capazes de negociar a compra e a venda de títulos.

Ficou interessado em investir na bolsa para conquistar a sua liberdade financeira? Então, continue lendo este post para saber o que precisa ser feito para se dar bem no mercado financeiro.

Entenda como funciona o mercado da bolsa

É algo simples de entender. Funciona assim: na bolsa de valores, uma empresa decide abrir o seu capital e oferecer ações em troca de dinheiro. Nesse caso, os interessados têm a chance de se tornarem “sócios” da companhia adquirindo pequenas “fatias” do negócio.

Com base no Initial Public Offering (IPO) — Oferta Pública Inicial, em português —, as ações começam a ser negociadas, e os investidores agem por meio de ofertas de compra e venda. Essa prática representa o mercado primário, que presta assistência entre a relação de oferta e demanda de títulos.

Por exemplo, vamos imaginar que um investidor primário queira vender as suas ações por achar que o seu valor vai cair, enquanto outra pessoa opta por adquiri-las, na confiança de que elas valerão mais no futuro.

Nesse contexto, o investidor primário lança uma ordem de venda para as suas ações, definindo o preço que deseja em troca. Em seguida, o sistema da corretora envia a informação para a bolsa de valores. Enquanto isso, o investidor interessado nas ações envia uma ordem de compra (no valor que pretende pagar) por meio da sua corretora, que entrará na transação de forma automática.

No momento em que as ordens de compra e venda batem no mesmo valor, o negócio é fechado. Isso é conhecido como mercado secundário.

Felizmente, toda essa operação ocorre em poucos segundos, e tudo é feito por meio de um sistema chamado Home Broker, que é fornecido pelas corretoras para auxiliar investidores durante as suas operações na bolsa.

Miniglossário do mercado financeiro

Para compreender melhor como investir na bolsa, é preciso conhecer o vocabulário do investidor:

  • ação: parte do capital social de uma empresa;
  • abertura: cotação do primeiro negócio de um ativo na bolsa (ações, contratos etc.);
  • capital aberto: títulos empresariais que são livremente comercializados na bolsa;
  • corretora: instituição que intermedeia negociações no mercado financeiro. Atualmente, funcionam como softwares que fornecem diversas aplicações financeiras. Só é possível comprar ativos (ações e títulos) por meio de contas em corretoras;
  • corretagem: taxa destinada às corretoras por intermediar as ordens de compra e venda de ações;
  • dividendos: parcela dos lucros das empresas que é repartida entre os acionistas;
  • juros: aluguel do capital (dinheiro);
  • papel: termo do mercado financeiro que pode significar ação, ativo ou título. O papel pode ser escritural ou eletrônico, ou seja, não é físico;
  • pregão: intervalo de tempo em que os papéis ofertados em uma bolsa são negociados. Isso pode ocorrer na sala de negociações e/ou pela plataforma de negociação online;
  • Selic: percentual básico de juros da economia brasileira. A sua meta é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A Selic é utilizada durante operações com títulos públicos federais e serve como base para as demais modalidades de juros do mercado.

9 passos para você conseguir investir na bolsa

Depois de conhecer como a bolsa funciona e os termos utilizados nesse mercado, chegou a hora de saber o que fazer antes de investir. Para isso, é preciso seguir alguns passos. Confira.

1. Não comprometa a sua renda mensal

Tenha em mente que há riscos de quedas significativas ou de demora na valorização das ações. Ou seja, você deve ter cautela nos investimentos e fazê-los com capital extra, que não comprometam o seu orçamento. Assim, você evita dores de cabeça, como endividamentos e dificuldades para quitar compromissos habituais.

2. Seja prudente

Alguns pensam que a sorte ajuda a lucrar na bolsa. Ocasionalmente, isso até pode acontecer. Entretanto, o mercado financeiro não é uma loteria, na qual os resultados e os prêmios surgem de forma aleatória.

Portanto, fuja dos riscos e opte por investimentos mais conservadores. Com eles, os ganhos provavelmente serão ligeiramente baixos, uma vez que não se deve esperar altas espantosas, de um dia para o outro. Contudo, os riscos são menores e o retorno virá com maior tranquilidade.

3. Abra uma conta em uma corretora

As corretoras de valores auxiliam investidores de todos os perfis, pois não existe uma quantia mínima para investir. Para abrir uma conta, basta apresentar os documentos necessários (RG e CPF) e comprovante de residência. Também é necessário ter uma conta bancária com o mesmo CPF para viabilizar o envio dos valores para a sua conta na corretora, bem como fazer os resgates.

As corretoras cobram por serviços de corretagem e por proteger o seu dinheiro, com taxas diferentes entre esses serviços. Com a conta aberta, é só enviar o dinheiro para a corretora fazer as aplicações na bolsa.

4. Aprenda a usar o seu Home Broker

Depois de ser registrado e autenticado na corretora, você ganhará a chave de acesso para a plataforma online Home Broker (“corretor em casa”, em português) para realizar as suas ordens de compra e venda.

Cada plataforma oferece funcionalidades e serviços diferenciados, mas, em geral, funcionam da mesma forma. Você tem liberdade para ajustar a tela de apresentação da forma que desejar para visualizar cotações e gráficos. Também é possível informar quanto quer aplicar ou quantos papéis (ações e títulos) pretende comprar, o valor máximo que aceita pagar por eles e enviar a ordem. O software vai buscar um negócio que se encaixe às suas exigências e, caso encontre, faz a transação.

Vale reforçar que é importante monitorar os seus investimentos, bem como reavaliar se a aplicação feita ainda faz sentido e deve ser mantida, ou se chegou a hora de mudar de estratégia.

5. Acompanhe as notícias

Não basta escolher uma boa corretora e em quais companhias ou empresas investir, é necessário buscar informações constantemente. Uma instituição privada, por exemplo, pode sofrer baixas financeiras ou apresentar balanços insatisfatórios. Já uma empresa pública pode sofrer com escândalos de corrupção ou acidentes graves.

Além disso, mudanças na legislação podem influenciar, positiva ou negativamente, a economia do país, o que pode afetar diversas ações. Portanto, fique atento aos noticiários.

6. Faça um gerenciamento de risco

Investir na bolsa tem os seus riscos, ainda mais quando não se tem muita experiência no mercado financeiro e de investimentos. No entanto, apesar de a bolsa ter potencial para alta rentabilidade, se você agir com cautela (pelo menos no início) e estudar sobre as ações e matemática financeira, as chances de perder o investimento é bem menor.

Por isso, o ideal é acompanhar o cenário atual do mercado e analisar cada empresa em períodos passados, maior que os últimos 60 dias. Por exemplo, ao pesquisar a empresa X na bolsa em 2021, analise há 5 anos como estava a valorização dela no mercado. Assim, você consegue agir para diminuir os seus riscos e tentar aumentar as chances de ter um retorno esperado.

7. Escolha ações de boas empresas

Uma empresa boa na bolsa é aquela que cresce e dá lucro todos os anos. Por isso, não adianta comprar uma ação de determinada organização só porque você é cliente dela e acredita que a conhece ou comprar por impulso.

É necessário pesquisar e fazer análises considerando projeções futuras que o mercado oferece para, assim, saber se realmente valerá a pena o investimento e haverá lucros, nem que seja a médio ou longo prazo.

8. Defina uma estratégia de investimento

Para operar na bolsa, considere alguns fatores, como: objetivo, perfil de investidor, prazo de investimento e, por fim, condições do mercado atual (e projeções futuras a curto prazo). Dessa forma, você consegue traçar uma estratégia de investimento alinhada às suas metas para buscar a melhor rentabilidade na bolsa.

Os principais tipos de estratégia praticadas, são:

  • day trade: consiste na compra e venda de operações em curtíssimo prazo, geralmente em 1 dia;
  • curto prazo: o investimento dura dias, semanas ou meses, podendo chegar até 1 ano, no entanto, as oportunidades devem ser analisadas constantemente para garantir ganhos;
  • médio ou longo prazo: baseado na compra de ações de boas empresas com a finalidade de receber lucros em 5 a 10 anos;
  • dividendos: algumas empresas pagam periodicamente um valor referente aos seus lucros para o investidor. Por isso, alguns recebem de forma recorrente esse tipo de renda, que pode ser reaplicada em outras ações;
  • long short: mesmo quando o mercado está em baixa é possível obter lucros na bolsa, que funciona nessa estratégia como um aluguel de ações. O investidor deve vender os seus ativos e recomprá-los posteriormente com menor valor, o seu ganho está na diferença desses valores.

9. Tenha uma reserva de emergência

Por fim, mas não menos importante, a bolsa tem as suas vantagens e uma rentabilidade atrativa. Porém, para se resguardar de possíveis quedas das ações e evitar o endividamento, é relevante ter uma reserva de emergência — em renda fixa. Assim, caso o mercado sofra grandes instabilidades, você garante a sua segurança financeira sem sofrer muito impacto com a volatilidade do mercado da renda variável, podendo aguardar a retomada da valorização com mais tranquilidade.

Como você pôde ver, investir na bolsa é uma excelente alternativa para obter rentabilidade. No entanto, essa prática exige uma preparação por parte do investidor. Portanto, se você deseja se aventurar no mercado financeiro com segurança, invista em cursos específicos e consulte pessoas que já atuam nesse segmento.

Além disso, não deixe de considerar os seus objetivos e o seu perfil de investidor, haja visto que se precisa acumular um determinado montante de dinheiro com alta liquidez, investir na bolsa pode não ser a melhor opção no momento. Contudo, se visa aumentar seus lucros de forma inteligente, sem contar com a sorte, pode ser uma boa oportunidade.

Uma boa dica é começar conferindo o nosso guia de planejamento financeiro para ter sucesso nessa empreitada. Baixe o nosso e-book e saiba como se organizar!
As informações que constam nesse artigo podem sofrer atualizações sem aviso prévio.
Mostrar comentários
Leia também
attach_money
Planejamento Financeiro

Descubra o que fazer quando se está endividado: dicas práticas!

attach_money
Planejamento Financeiro

Descubra como funciona a franquia e se vale a pena esse investimento!

attach_money
Planejamento Financeiro

Qual é o investimento mais seguro? Como saber meu perfil? Descubra