Quais as formas de pagamento na compra de um imóvel?

Você sabe quais são as principais formas de pagamento para a compra de imóveis? Fique por dentro neste artigo!
  • Atualizado em June 29, 2016
  • Publicado em June 29, 2016
  • Seu imóvel

O imóvel próprio é um dos maiores símbolos de independência financeira que uma pessoa pode adquirir. Porém, ser independente não significa necessariamente ter a quantia total para pagar o imóvel à vista, o que nem todo mundo consegue.

Por outro lado, se na compra do imóvel é seguido um planejamento adequado, certamente esse sonho poderá ser conquistado e, junto com ele, chegarão os benefícios da segurança patrimonial e da satisfação pessoal.

Para isso, é preciso conhecer as formas de pagamento que existem para a compra de um imóvel, e este é o assunto do artigo de hoje. Acompanhe!

As principais formas de pagamento na compra de um imóvel

Pagamento à vista

A primeira delas pode ser a mais difícil para a maioria dos compradores, mas merece ser vista com atenção. Afinal, um imóvel é um bem de valor alto. A menos que você já tenha bastante dinheiro, fazer uma compra de um imóvel à vista exige disciplina para economizar, e isso pode custar muito tempo.

Por outro lado, quem tem todo o dinheiro para fazer o pagamento à vista também tem um poder de negociação especial junto ao vendedor. Se você estiver nessa situação, o que é um privilégio, poderá pedir um desconto considerável.

Mas, antes, faça as contas para saber se não é mais vantajoso aplicar o dinheiro em algum investimento cujo rendimento dê para pagar as prestações e ainda preserve sua reserva financeira.

Financiamento com a construtora

Algumas construtoras financiam com recursos próprios os imóveis que vendem, o que, segundo o Secovi Paraná, pode oferecer maior flexibilidade nas negociações do que os financiamentos bancários, que veremos a seguir.

Quando o empreendimento é um loteamento ou de imóveis comerciais, essa modalidade é mais comum, mas também há a possibilidade para imóveis residenciais.

Porém, o financiamento feito diretamente pelo empreendedor é em prazo menor do que aquele concedido pelos bancos, que têm mais dinheiro para negociar e também contam com as garantias dadas pela Caderneta de Poupança e pelo Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS). Isso significa que você terá que fazer frente a condições de pagamento mais pesadas.

Quem pensa em recorrer ao financiamento direto com o empreendedor deve prestar muita atenção nos juros e nas formas de correção. Durante uma obra, a construtora utiliza na correção o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que mede a inflação do setor.

Após a entrega das chaves, normalmente o reajuste passa a ser feito pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), calculado pela Fundação Getúlio Vargas, ou pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE.

Ambos medem a inflação geral de mercado. Há também quem utilize a variação do Custo Unitário Básico (CUB) no cálculo dos reajustes, que é outro índice atrelado à construção civil.

Financiamento bancário

Pelo financiamento bancário, uma instituição financeira concede o crédito necessário para que a pessoa possa pagar parte do valor do bem adquirido.

Uma das modalidades é concedida pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que trabalha com recursos da Caderneta de Poupança e do FGTS e pode ser utilizado para a compra de imóveis com valor até R$1,5 milhão.

O prazo máximo de financiamento é de 30 anos, e podem ser financiados até 70% dos imóveis usados e 90% dos imóveis novos, como concede o Banco do Brasil, por exemplo. Para quem é optante do FGTS, há também o Programa de Crédito Habitacional ao Cotista do FGTS (Pró-Cotista), que tem regras semelhantes às do SFH, mas que é exclusivo para trabalhadores que contribuem com o Fundo de Garantia.

Há ainda o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), o qual utiliza recursos de instituições financeiras e de grandes investidores, que costumam cobrar juros mais altos do que os do SFH.

Regido pela Lei Federal nº 9.514/1997, tem prazo máximo para pagamento de 35 anos. Não há limite de prazo para imóveis com valores acima de R$750 mil, que podem ter até 75% do valor total financiado.

Por fim, existem programas do Governo Federal que visam financiar imóveis populares com valor máximo de R$230 mil — esse limite pode ser bem menor, dependendo da cidade — para famílias com renda entre R$1,6 mil e R$5 mil.

Consórcio

Regulamentados pelo Banco Central, os consórcios vêm caindo na graça do comprador de imóveis por vários motivos. Primeiro porque, da mesma forma que ocorre com o consórcio de veículos, o comprador pode financiar 100% da compra.

O valor do imóvel fica condicionado somente à capacidade de pagamento que ele tem. Segundo porque, no consórcio, é cobrada uma taxa de administração e não há cobrança de juros. Terceiro porque, como o valor acumulado é corrigido ao longo do tempo, a capacidade de compra é assegurada.

Há ainda a facilidade de pagamento e uma vantagem adicional que merece destaque: o poder de negociação que o comprador adquire junto com o consórcio.

É preciso considerar que, quando é contemplado e recebe a carta de crédito, o comprador passa a ter em mãos a quantia total para pagamento do imóvel, contando com a mesma força de negociação que tem a pessoa que possui o dinheiro próprio para pagamento à vista. Dessa forma, o consorciado também pode pedir descontos consideráveis.

O consórcio permite uma programação para o recebimento do imóvel. Essa possibilidade existe porque no consórcio, mês a mês, são realizados assembleias de contemplação nas quais o consorciado pode dar lances.

O consorciado que tiver o lance vencedor recebe a carta de crédito e com ela pode adquirir o imóvel que pretende comprar. Assim, se você tiver alguma economia, incluindo o FGTS, poderá se beneficiar desse recurso.

Além disso, ainda é possível contar com o elemento sorte, que pode antecipar o recebimento do dinheiro, uma vez que nas assembleias são realizados sorteios entre os participantes.

Entendidas as formas de pagamento existentes na compra de um imóvel, vamos mostrar 5 dicas simples e práticas que você deve levar em consideração antes de selecionar uma das opções que mencionamos ao longo deste artigo. Continue lendo!

5 dicas para escolher a melhor forma de pagamento na compra de um imóvel

1. Observar o preço do imóvel

O valor do imóvel que se pretende adquirir é o fator determinante na escolha da forma de pagamento. É importante que, antes mesmo de procurar uma casa ou apartamento, você tenha em mente quanto pretende investir em moradia.

Fazendo isso, pode se planejar financeiramente para selecionar o bem que se adapta as suas necessidades básicas de habitação bem como as suas condições financeiras atuais.

2. Analisar os juros e taxas cobrados

Outro fator importante para escolher a melhor forma de pagamento na compra de um imóvel são os juros e taxas existentes em cada tipo de operação. Existem casos em que a aquisição de um bem de forma parcelada pode se tornar extremamente custosa, justamente pela aplicação desses dois elementos.

Sendo assim é importante verificar os percentuais antes praticados em cada uma das hipóteses mencionadas — com exceção do pagamento à vista — antes de tomar uma decisão final sobre a compra de um imóvel. Você pode encontrar uma discrepância muito grande entre os tipos de pagamento descritos neste artigo.

3. Escolher o prazo ideal para pagamento

Outra dica importante é escolher o prazo ideal para pagamento. Existem casos nos quais os juros são mais atrativos, no entanto, o prazo é muito curto, o que acaba aumentando os valores das parcelas e comprometendo as finanças do comprador.

Em todo caso, é fundamental verificar a sua situação financeira. Se for possível, opte por um prazo de pagamento menor, mas sempre respeite e observe a sua capacidade de pagamento. Esse fator está ligado ao valor da parcela, sendo assim, o ideal é que ela nunca ultrapasse 30% de todos os seus ganhos mensais.

4. Analisar detalhadamente todas as possibilidades

Você deve analisar criticamente todas as opções para pagar um imóvel que foram mencionadas ao longo deste artigo. Muitas pessoas costumam ser influenciadas pela maioria, optando sempre pelos mesmos meios.

Portanto, não seja mais um desses indivíduos. Analise criticamente cada forma descrita, suas características, vantagens, desvantagens e, principalmente, qual delas se adapta melhor a sua realidade.

5. Fazer um planejamento

Por fim, após analisar todas as dicas que mencionamos neste tópico, você deverá traçar uma programação ou uma espécie de planejamento financeiro para adquirir o seu imóvel. É importante preparar as suas finanças antes de realizar a aquisição do bem, independentemente da opção selecionada.

Sabemos que a compra de uma casa ou apartamento mexe com a mente das pessoas. Para muitos é um sonho almejado desde o início da vida adulta, sendo assim é uma decisão que costuma carregar uma gama de sentimentos e emoções. No entanto, isso pode ser extremamente prejudicial para a sua saúde financeira.

É fundamental que você seja racional e analítico e trace um plano de ações estratégicas para conseguir honrar com o pagamento das parcelas até o término do contrato de financiamento ou consórcio.

Você pode começar analisando seus ganhos e suas despesas, diminuindo o consumo, dentro das possibilidades, bem como verificar a oportunidade de criar fontes de renda alternativas para incremento nos rendimentos mensais.

Com essas dicas você tem um guia completo sobre as melhores formas de pagamento na compra de um imóvel. Mas, você está em dúvida entre comprar um imóvel ou construí-lo? Então, leia nosso artigo sobre o tema e fique mais próximo de realizar seu sonho.
As informações que constam nesse artigo podem sofrer atualizações sem aviso prévio.
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