Existem muitas decisões complicadas em nossas vidas, mas saber como escolher o imóvel ideal certamente está entre as mais desafiadoras.
E não é por acaso: de acordo com a oitava edição do Raio X do Investidor Brasileiro, pesquisa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), dos 59 milhões de brasileiros, 8% destinam seus investimentos à compra e venda de imóveis.
Ou seja, o mercado imobiliário continua sendo uma opção estratégica para quem busca segurança, rentabilidade ou realização pessoal.
Ao procurar a casa ou apartamento perfeito, você deve equilibrar diversos fatores, como localização, preço, tamanho e condições da propriedade. A proximidade ao trabalho, escolas e serviços essenciais precisa combinar com o orçamento disponível e as perspectivas futuras da sua família.
Além disso, você deve avaliar o potencial de valorização do imóvel, a segurança do bairro e a qualidade da infraestrutura local.
Por isso, reunimos os principais erros e critérios para escolher um imóvel ideal e as opções existentes para comprar um imóvel de acordo com o seu perfil financeiro. Continue a leitura e aprenda a escolher o imóvel certo para você! Vamos lá?
Quais são os critérios para escolher o imóvel ideal?
Escolher o imóvel ideal vai muito além de gostar da fachada ou do acabamento: é importante seguir critérios práticos, emocionais e financeiros. Em outras palavras, aspectos que ajudem a identificar se o imóvel realmente atende às suas necessidades de hoje e do futuro. Para isso, confira os principais pontos que devem guiar essa escolha.
Localização estratégica
Um fator preponderante é o endereço em si. Caso você o desconheça, vale a pena pesquisar a fundo a reputação da região no que diz respeito à proximidade de escolas, trabalho, transporte público, comércio e hospitais. Um imóvel com uma boa localização facilita a rotina e valoriza com o tempo.
Se a preferência for por uma casa, em vez de um apartamento, o cuidado aumenta. Algumas pessoas encontram o imóvel que seria perfeito, não fossem os vizinhos. Um equívoco é buscar tranquilidade em uma área amplamente ocupada por repúblicas universitárias, por exemplo.
Tamanho adequado ao seu perfil
Considere o número de moradores, a necessidade de espaços como escritório ou varanda, e pense em futuras mudanças, como aumento da família.
Segurança da região
Pesquise o histórico do bairro, converse com vizinhos e verifique se o imóvel conta com sistemas de segurança ou portaria, quando aplicável.
Estado de conservação
Imóveis mal conservados exigem reformas que elevam os custos. Observe instalações elétricas, hidráulicas, pintura e estrutura geral.
Iluminação e ventilação natural
Ambientes bem-iluminados e ventilados trazem mais conforto e reduzem gastos com energia elétrica.
Documentação regular
Confira se o imóvel está com a matrícula atualizada, sem dívidas ou pendências judiciais, afinal, são medidas que evitam problemas no registro e na escritura.
Custos fixos envolvidos
Procure por um imóvel que gere despesas compatíveis com seus ganhos. Contemple não somente o valor do imóvel, mas outros itens, como gastos com reforma e condomínio.
Faça uma lista de todos os elementos que compõem seu atual custo de vida. Realize uma projeção dos novos gastos e qual seria a margem de comprometimento da sua renda.
Ao tomar todos esses cuidados, você evita transtornos financeiros, que talvez o levassem a solicitar empréstimos, por exemplo. Se, mesmo assim, for necessário, adicione em seu planejamento financeiro o tempo para quitar a dívida.
Potencial de valorização
Pesquise os planos de crescimento da região, como obras públicas, novos comércios ou melhorias urbanas, que influenciam na valorização do imóvel.
Quais os principais erros ao escolher um imóvel ideal?
Saber como escolher um imóvel ideal envolve mais do que aparência ou preço. Muitos compradores se empolgam com detalhes superficiais e ignoram fatores essenciais, como localização, estrutura e documentação.
Essa decisão precipitada pode gerar arrependimentos e prejuízos financeiros. Para evitá-los, veja a seguir os principais erros comuns cometidos nesse processo.
1. Não definir prioridades
Sem saber o que realmente importa — como número de quartos, localização, segurança ou proximidade do trabalho —, sua escolha pode ser por impulso.
2. Ignorar a localização
Um imóvel bonito em um bairro mal localizado pode atrapalhar sua rotina e desvalorizar com o tempo. Transporte, comércio e segurança são fatores essenciais.
3. Não considerar os custos totais
Entre os principais erros ao escolher o imóvel ideal está a negligência em relação a custos externos ao da aquisição em si. Muita gente avalia só o valor de compra e esquece de despesas como condomínio, cálculo do IPTU, reformas e taxas de cartório.
4. Deixar de analisar a documentação
Ignorar a situação legal do bem pode levar a complicações futuras, como dívidas anteriores, pendências judiciais ou problemas de registro.
5. Não visitar o imóvel em diferentes horários
Visitar apenas uma vez não mostra a realidade. Barulho, trânsito e segurança variam muito entre manhã, tarde e noite.
6. Confiar apenas em fotos ou vídeos
Imagens podem esconder defeitos estruturais. Só uma visita presencial revela de fato as condições do imóvel.
7. Pressa para fechar negócio
A ansiedade por fechar logo pode fazer você ignorar sinais de alerta ou deixar de negociar melhores condições, o que prejudica o processo de escolha do imóvel ideal.
Como comprar um imóvel?
Depois de descobrir como escolher o imóvel ideal, resta determinar qual é a forma de aquisição mais vantajosa. Todos nós sabemos que bom mesmo seria ter dinheiro disponível para comprar o imóvel à vista e com um ótimo desconto.
No entanto, o preço elevado de um imóvel tende a inviabilizar tal solução. Felizmente, existem diversas alternativas de compra que podem facilitar o acesso a um imóvel de acordo com suas possibilidades.
Imóvel na planta ou em construção
Permite parcelar diretamente com a construtora até a entrega das chaves. Em muitos casos, o preço inicial é menor. Porém, há riscos com relação a atrasos na obra ou problemas com a construtora.
Permuta de imóveis
As duas partes trocam imóveis entre si, mas pode haver diferença de valores com compensação em dinheiro. É vantajosa quando há interesse mútuo e os preços são compatíveis.
Compra com uso do FGTS
Quem tem saldo pode usar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para dar entrada, amortizar saldo devedor ou pagar parte das parcelas de um financiamento. A condição é que o valor atenda às regras da Caixa Econômica e do Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
Financiamento
É uma das opções mais comuns. Nessa modalidade, você dá uma entrada e parcela o restante com um banco ou instituição financeira. As parcelas, que incluem juros e taxas, podem se estender de 10 a 35 anos. Durante esse período, o imóvel permanece em alienação fiduciária até a quitação total do financiamento.
Consórcio
Essa alternativa funciona como uma poupança coletiva. O comprador entra em um grupo e paga parcelas mensais. Mensalmente, um ou mais participantes ganham a contemplação da carta de crédito, via sorteio ou lance. Não há cobrança de juros, mas todo o processo pode demorar.
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