Consórcio ou poupança: saiba as diferenças para investir!

Consórcio ou poupança? Veja as diferenças entre as modalidades de investimento e escolha a ideal para aplicar seu dinheiro e potencializar suas finanças!
  • Atualizado em July 13, 2025
  • Publicado em March 25, 2019
  • Consórcio

Economizar e investir dinheiro: essas são ótimas estratégias para realizar projetos pessoais importantes, como uma viagem dos sonhos, a compra de um carro ou a aquisição de um imóvel. Normalmente, quando as pessoas pensam sobre investimentos, surgem dúvidas. Você também já se perguntou se é melhor optar por consórcio ou poupança?

A verdade é que essas são duas opções interessantes para iniciar seu caminho como investidor.

Então, se você pensa em aplicar seu dinheiro em uma dessas modalidades de investimento, é fundamental entender como funcionam e as vantagens e desvantagens para escolher entre uma ou outra sem hesitar.

Neste artigo, explicamos tudo o que você precisa saber para começar a investir em consórcio ou poupança.

Vamos lá?

Como funciona a poupança?

Você certamente já ouviu falar sobre a poupança, uma vez que esse é um dos investimentos mais populares do Brasil. Geralmente, os bancos oferecem a opção, mesmo que fique vinculada à conta corrente que o cliente já tem.

A caderneta de poupança funciona, portanto, como uma conta de banco. O cliente pode realizar depósitos diretamente na instituição ou em caixas eletrônicos.

Neste modelo, é possível também receber transferências bancárias, realizar pagamentos com o valor disponível na conta e usar o cartão de débito. Enquanto o dinheiro está parado na poupança, rende.

Agora que já sabe como funciona a poupança, que tal partir para as suas vantagens?

Vantagens da poupança

1. Facilidade de aplicar seu dinheiro

Um dos principais benefícios da poupança é a facilidade de aplicar suas economias. Como falamos, o produto funciona como uma conta no banco, ou seja, é possível investir de várias formas, colocando a quantia que quiser e quando puder.

No entanto, é preciso ter cuidado com esse tipo de investimento se você não for disciplinado. Afinal, como os depósitos são opcionais, você deve ter mais controle sobre as compras por impulso e a vontade de deixar de poupar.

2. Liquidez diária

Outra vantagem da poupança está ligada à disponibilização do dinheiro. É possível fazer saques e pagamentos nos caixas eletrônicos, e até mesmo usar o cartão de débito para fazer compras graças à chamada liquidez diária.

Se você precisar retirar uma quantia da caderneta, o seu dinheiro está disponível a todo momento.

Mais uma vez, é necessário ficar atento a essa vantagem, que pode se transformar em malefício. Quem não tem autocontrole pode gastar sua reserva em situações desnecessárias.

Desvantagens da poupança

Para não ficar com nenhuma dúvida sobre o funcionamento da poupança, aproveite para conhecer também algumas desvantagens dessa opção de investimento.

1. Rentabilidade baixa

A caderneta de poupança tem uma das menores rentabilidades do mercado de investimentos no Brasil. Em alguns momentos, aliás, perde até mesmo para a inflação. Isso significa que o dinheiro na conta passa a valer menos, pois seu poder de compra diminui.

Outra desvantagem da poupança em relação ao rendimento é que a quantia só rende uma vez por mês. Para receber os juros, portanto, você precisa deixar o valor parado na conta por, pelo menos, 30 dias. Se investir por 29 dias e sacar, não rende nada.

2. Dinheiro disponível

Como falamos, a disponibilidade do dinheiro também pode se tornar uma desvantagem para quem utiliza a poupança com foco na realização de sonhos.

Já que é possível fazer saques e passar compras no débito, muitas pessoas perdem o controle e usam o valor normalmente, como se estivesse na conta corrente.

Assim, por mais que a liquidez diária faça da poupança uma opção interessante para reservas de emergência, quem pretende guardar o dinheiro para projetos futuros deve buscar outras modalidades.

E o consórcio, como funciona? Siga em frente e descubra.

Como funciona o consórcio?

O consórcio é uma modalidade de economia colaborativa. Isso quer dizer que é uma forma de aquisição baseada na união de pessoas. Assim, forma-se grupos com vários participantes interessados em adquirir um bem ou serviço, como um imóvel, um veículo ou uma viagem internacional.

Os consorciados pagam um valor mensal que vai para um fundo comum. Todos os meses, um ou mais integrantes são contemplados e têm acesso a uma carta de crédito para adquirir o tão desejado bem ou contratarem o serviço pretendido.

Toda a transação é organizada por uma empresa especializada, a administradora do consórcio, que gerencia os interesses dos consorciados e as finanças do grupo.

Vantagens do consórcio

O consórcio é uma boa alternativa de investimento para quem deseja adquirir bens ou serviços e não tem pressa de obter o que tanto deseja.

Para saber um pouco mais sobre a modalidade, é necessário ficar por dentro de suas vantagens. Confira!

Proporciona a aquisição de bens sem juros e sem entrada

Definitivamente, o consórcio é a melhor forma de realizar uma grande compra. Por meio da opção, você parcela o valor total do bem, ou seja, não é necessário dar uma quantia de entrada.

Além disso, não há cobrança de juros. O que existe é uma taxa de administração que, geralmente, tem um valor mais acessível quando comparado a outras modalidades de aquisição parcelada.

Dessa forma, você não desequilibra seu orçamento e pode comprar seu carro ou sua casa de maneira planejada e econômica.

Permite o uso do FGTS para comprar um imóvel

O consórcio é uma modalidade que permite a utilização do FGTS para a aquisição de um imóvel. Assim, você pode tirar seu dinheiro, que está rendendo pouco por lá, e usá-lo para dar um lance, antecipar parcelas ou mesmo quitar o saldo devedor.

Além disso, o valor também serve para completar a carta de crédito caso você escolha comprar um bem mais caro que o previsto.

Vale lembrar que só é possível utilizar esse benefício em um consórcio imobiliário e conforme as regras de utilização do FGTS definidas.

Oferece liberdade de escolha

Você lembra que uma das vantagens da poupança é a facilidade? Além desta, o consórcio oferece liberdade de escolha, viu?

São diversos os planos disponibilizados pelas administradoras, de modo que o interessado pode escolher o valor de parcela que melhor se adeque a sua realidade financeira.

Antes de assinar o contrato, você deve avaliar as condições e optar por um valor que caiba no seu bolso sem desequilibrar o orçamento.

É seguro

Se a ideia é escolher entre consórcio ou poupança, você deve saber que as duas opções de investimento são seguras. O consórcio, por exemplo, é fiscalizado pelo Banco Central, e as administradoras precisam ser autorizadas pelo órgão para funcionar.

Além disso, existe a Lei n.º 11.795, específica para consórcio, que regulamenta a transação por meio de um contrato. O consorciado também pode recorrer aos órgãos de defesa do consumidor caso tenha algum problema.

Desvantagens do consórcio

Existem algumas desvantagens na modalidade, e é importante tomar conhecimento para fazer sua escolha entre consórcio e poupança.

Veja a seguir!

É um investimento de longo prazo

Se você tem pressa para adquirir um bem ou serviço via consórcio, saiba que este tipo de investimento não é ideal para a sua necessidade.

A modalidade é adequada para quem pensa em obter rendimento em longo prazo, de olho no futuro. Afinal, existem casos em que o consorciado tem que pagar parcelas prolongadas, como o consórcio de carro, podendo chegar a 100 cotas.

Tem liquidez baixa

Diferentemente da poupança, o consórcio não tem liquidez diária. Em outras palavras: o dinheiro não fica disponível para você resgatar até que a carta de crédito seja liberada.

No entanto, se houver planejamento financeiro, isso não é necessariamente algo ruim. Pense só: se a quantia está reservada para a compra de determinado bem, a baixa liquidez oferece a certeza de realização do seu sonho.

É obrigatório realizar pagamentos mensais

No consórcio, você não escolhe se vai investir ou não em determinado mês. Uma vez assinado o contrato, os pagamentos devem ocorrer assim como em qualquer outra conta mensal fixa.

Essa obrigatoriedade não precisa ser uma desvantagem! Pelo contrário, aliás, pode ser justamente a solução para quem tem dificuldade para manter a disciplina e o autocontrole para juntar dinheiro.

É necessário ter sorte para ser contemplado

Quem não tem dinheiro para fazer um lance e ser contemplado precisa contar com a sorte para obter a carta de crédito.

Existem pessoas que são sorteadas logo no início do consórcio. No entanto, em alguns casos, o consorciado só consegue receber a carta mais para o final das parcelas.

Então, aqui o fator sorte conta bastante!

Quais são os tipos de consórcio?

Se você pensa em investir em um consórcio, deve conhecer os principais tipos disponíveis no mercado. Falamos melhor sobre cada um nos tópicos abaixo.

Consórcio de imóveis

O consórcio de imóveis, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não está restrito apenas à compra de casas ou apartamentos. A alternativa engloba as seguintes aquisições:

  • casa e apartamento em área urbana;
  • sala, loja e galpão;
  • lote e terreno;
  • casa de praia ou de campo;
  • construção e reforma de imóveis.

Consórcio de bens móveis

O consórcio de bens móveis é um dos tipos mais procurados, principalmente para a compra de carros e motos. Porém, as opções não param por aí. Com um consórcio dessa modalidade, você pode adquirir os seguintes bens:

  • carro de passeio e utilitário, zero quilômetro ou usado, em modelos nacionais ou internacionais;
  • moto;
  • caminhão, ônibus, trator, entre outros veículos pesados;
  • avião, barco e embarcações de todos os portes;
  • móveis residenciais, comerciais e industriais;
  • eletrodomésticos e eletrônicos residenciais, comerciais ou industriais;
  • equipamentos médicos e odontológicos.

Consórcio de serviços

Talvez o consórcio de serviços seja um dos mais desconhecidos entre os brasileiros.

Aqui, a carta de crédito contemplada se destina ao pagamento da prestadora de serviços. Sendo assim, há inúmeras possibilidades de aquisição. Confira as listadas abaixo:

  • compra de um pacote de viagem;
  • pagamento de despesas que envolvam a educação pessoal ou dos filhos;
  • festas de formatura, aniversário de 15 anos, casamento, entre outras;
  • procedimentos estéticos, como cirurgias plásticas;
  • tratamentos odontológicos.

O que rende mais: consórcio ou poupança?

Entender qual tipo de investimento rende mais, consórcio ou poupança, vai ajudá-lo a escolher a melhor opção para aplicar seu dinheiro.

A rentabilidade da poupança está atrelada ao valor da taxa Selic. Ou seja, para saber se o seu rendimento está bom ou ruim, é preciso analisar os juros da tarifa na hora de investir na modalidade.

Lembre-se de que os juros da Selic sofrem reajustes constantes devido às projeções do mercado financeiro, e isso pode fazer a poupança render abaixo da inflação, por exemplo.

Quando isso ocorre, não é nada bom para o seu dinheiro, que passa a render menos na conta bancária.

Outro ponto negativo em relação ao rendimento da poupança é que o montante aplicado rende apenas uma vez por mês. Isto é, você precisa deixá-lo parado por 30 dias para se beneficiar.

Portanto, como já mencionamos, de uma maneira geral, a poupança tem uma das menores rentabilidades comparada a outros tipos de investimento, como o consórcio.

Já a rentabilidade do consórcio está ligada ao fato do participante poder acessar todo o recurso investido de forma antecipada. Assim, quando ele aplica bem a quantia, gera ganhos financeiros.

Outra forma de rentabilizar bem com o consórcio é negociar como quiser o valor que fica à disposição do consorciado, caso não queira usá-lo de imediato após ser contemplado.

Vender a carta de crédito é uma boa alternativa, pois geralmente o preço de comercialização do documento vale mais do que o montante que o consorciado investiu inicialmente.

Entenda se é melhor fazer consórcio ou guardar dinheiro!

Dar uma resposta oficial para essa pergunta não é fácil, já que é necessário considerar alguns aspectos importantes, como fazer uma análise criteriosa do seu perfil de investidor.

O lado positivo da poupança é que apresenta maior liquidez do que um consórcio, ou seja, é possível mexer no dinheiro a qualquer hora. Porém, se você não for uma pessoa controlada financeiramente, essa facilidade pode se tornar um problema.

Para quem tem dificuldade de guardar dinheiro, ter uma poupança acessível em qualquer urgência, acaba deixando de lado o sentido de poupar para conquistar sonhos.

Nesse cenário, o consórcio é mais seguro, pois é preciso pagar a cota adquirida todo mês, e caso você desista, não tem acesso ao dinheiro de imediato. Isto é, a chance de desperdiçar o valor investido é menor.

Caso tenha um perfil controlado e sua ideia seja manter um fundo emergencial para situações inesperadas, como o desemprego, a poupança é mais viável.

Porém, vale reforçar que seu rendimento não é tão proveitoso, e muitas vezes, fica abaixo da inflação. Logo, se você pretende manter uma reserva, deve considerar investimentos seguros, com alta liquidez, porém, mais vantajosos, como o tesouro direto ou CDB.

Por outro lado, se já tiver uma reserva de emergência e quiser ampliar seu patrimônio, o consórcio é melhor. Com ele, você conquista um imóvel ou carro novo ao planejar sua compra.

Agora que já tem as informações que precisa para escolher entre consórcio ou poupança, avalie suas particularidades.

Com as vantagens e desvantagens das modalidades e os tipos de consórcio, você pode ter uma noção maior para entender se, no seu caso, é melhor fazer consórcio ou guardar dinheiro.

Se você se interessou pelo consórcio, saiba que pode fazer uma simulação para definir exatamente as parcelas que se encaixam à sua realidade.

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As informações que constam nesse artigo podem sofrer atualizações sem aviso prévio.
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